Vi apenas trechos da entrevista de Manuela D’Ávila no Roda Viva, da TV “Cultura” de São Paulo. Li outros, o que é menos vomitivo que assistir um espetáculo armado de antijornalismo.
Ricardo Lessa, que conheci ainda nos tempos de faculdade, foi tão pouco jornalístico a insistir em perguntas sobre Stálin ou Mao-Tsé-Tung quanto seria a questionar um bispo ou o papa Francisco sobre os inquisidores da Idade Média.
Suceder a Augusto Nunes já é duro; dar-lhe continuidade é ainda mais.
Mas foi ainda pior.
Convidar um coordenador de campanha de Jair Bolsonaro para ser “entrevistador” é uma baixaria que desonra todo aquele que, ciente disso, aceito participar do espetáculo.
O resultado foi um programa misógino, agressivo e grosseiro.
Ricerdo Kotscho diz muito bem em seu Balaio que o programa “desceu ao grau mais baixo do jornalismo de sarjeta”.
Não consegui passar do tal “Bolsominion” já bem adulto repetindo à exaustão uma suposta questão sobre “castração química”.
Decerto na mesma linha do seu candidato, que fez convites a grupos de extermínio para que viessem da Bahia para o Rio de Janeiro fazer suas matanças.
Não é democrático dar a facínoras mentais espaços para pregar mutilações.
Infelizmente é o que fez uma TV que não tem mais o direito de usar “Cultura” em seu nome.
Tijolaço
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