A insubmissão de Sérgio Moro ás instâncias superiores do Judiciário nem mais precisa ser apontada.
Ele próprio a assinala.
Fui ler o voto vencedor do pedido de efeito suspensivo da pena de José Dirceu, proferido por Dias Toffoli e acompanhado, por maioria de 3 a 1, pela 2ª Turma do STF, que resultou na libertação provisória do ex-ministro.
Não há uma palavra sobre medidas cautelares substitutivas da prisão.
Qual o fundamento?
Risco de fuga de quem tem respondido, obedientemente, a todo o “prende-e-solta” dos seus processos, sem nunca ter esboçado um gesto de evadir-se?
Evidente que não.
A tornozeleira eletrònica, para quem puder livremente circular – e pode, porque não está submetido a uma pena, porque ela foi suspensa – serve para quê?
Está evidente para o que serve: a tornozeleira está posta às canelas do Supremo.
Pois o Supremo disse que Dirceu está solto e Moro diz que não está, porque quer tratá-lo como seu prisioneiro.
E, afinal, o é, porque não tem coragem de por paradeiro nos abusos do tiranete de Curitiba.
Sérgio Moro nem precisa fazer muito esforço para ser o “juiz supremo” do Brasil.
Os que deveriam ser fazem questão de ser uns despreziveis micróbios, mesmo quando ensaiam ser supremos.
Aquele história de que “o Supremo voltou”, Dr. Gilmar Mendes, não durou 24 horas.
Quem manda é Moro.
Brasil 247
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