O geólogo Giles Azevedo, que foi ministro de Minas e Energia e assessor especial da presidência no governo Dilma Rousseff, denuncia o projeto que tenta entregar em regime de urgência a petroleiras internacionais 70% de áreas do pré-sal; “Estados e municípios podem perder R$ 580 bilhões", denuncia, em referência a um projeto do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) que deve ser votado na terça; assista entrevista à TV 247
18 DE JUNHO DE 2018
TV 247 - Em entrevista à TV 247, o geólogo Giles Azevedo, que foi ministro de Minas e Energia e assessor especial da presidência no governo Dilma Rousseff, denuncia o projeto do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que tenta entregar em regime de urgência a petroleiras internacionais 70% de áreas do pré-sal, pelo regime de cessão onerosa, o que gera menos riqueza para o poder público. "Estados e municípios podem perder R$ 580 bilhões. É um crime contra os brasileiros", diz ele.
Ele explica quais são as características da política do ex-presidente da Petrobras Pedro Parente. "A venda de ativos, a mudança de conteúdo local e a alteração do marco regulatório levam claramente a Petrobras para seu desmonte", diz Giles.
Ele ressalta a importância do pré-sal. "Foi a descoberta de um tesouro, e como sabemos, um tesouro está sempre a vista de corsários e saqueadores". "Antes do pré-sal, tínhamos a expectativa de 16 bilhões de barris produzidos, essa realidade saltou para 176 bilhões. Todas as petroleiras internacionais querem o pré-sal", completa.
Questionado sobre a relação da escalada do golpe com o petróleo, Giles Azevedo afirma que a indústria do petróleo sempre foi relacionada a golpe e guerras. "As nações dependem do petróleo e ainda dependerão por muito tempo", avalia.
Brasil 247
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