O ex-deputado federal Carlos Humberto Manatto, que integrou a Scuderie Le Cocq, braço do esquadrão da morte, foi nomeado para o cargo de Secretário Especial para a Câmara dos Deputados da Casa Civil da Presidência da República; nomeação foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; "Só no Espírito Santo, onde Manato desenvolve suas atividades, a Scuderie Le Cocq matou 1.500 pessoas", destaca a reportagem; "A Le Cocq foi apontada, entre os anos 80 e parte de 2000, como o braço armado do crime organizado", ressalta ao texto
3 DE FEVEREIRO DE 2019
247 - O ex-deputado federal capixaba Carlos Humberto Manatto, que integrou a Scuderie Le Cocq, braço do esquadrão da morte, foi nomeado para o cargo de Secretário Especial para a Câmara dos Deputados da Casa Civil da Presidência da República. A nomeação, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (1), conforme reportagem do Jornalistas Livres.
"Só no Espírito Santo, Estado onde Manato desenvolve suas atividades, a Scuderie Le Cocq matou 1.500 pessoas, segundo o Ministério Público Federal. A organização assassina foi extinta pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio/ES) no final de 2005", destaca a reportagem. "A Le Cocq foi apontada, entre os anos 80 e parte de 2000, como o braço armado do crime organizado capixaba", ressalta a reportagem em seguida.
Manatto foi candidato a governador do Espírito Santo em 2000 tendo como principais propostas a redução da maioridade penal para 16 anos e a liberação do porte de armas para cidadãos comuns; além da revisão do Estatuto do Desarmamento. As bandeiras são semelhantes as defendidas por Bolsonaro durante a campanha.
Manato entrou na política em 1994, quando se filiou ao PSDB. Em 2001, ingressou no PDT. Na eleição de 2002, foi eleito pela primeira vez a exercer um mandato na Câmara dos Deputados. Foi reeleito em 2006, 2010 e 2014.
"Carlos Manato desistiu do legislativo em 2018 para sair candidato ao governo do Espírito Santo, com o objetivo maior de dar palanque ao candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro", observa o texto.
A atuação da Le Coq chegou a ser alvo de uma CPI no Congresso Nacional, em 1998. Na ocasião, "a CPI do Narcotráfico, presidida por Magno Malta, chegou a indiciar diversas autoridades capixabas por suposta ligação com a Le Cocq. Eram pessoas filiadas à Scuderie Le Cocq e acusadas de crimes que variavam da receptação de carros roubados à organização de assaltos a banco, passando por assassinatos e tráfico internacional de drogas", diz a reportagem do Jornalistas Livres.
Brasil 247
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