quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

QUEDA DE LEVY LEVA AGÊNCIA FITCH A REBAIXAR O PAÍS


Depois da Standard & Poors, a agência de classificação de risco Fitch acaba de rebaixar a nota da economia brasileira; assim, o Brasil perde o chamado "grau de investimento"; o motivo é a provável demissão do ministro da Fazenda em meio a uma discussão interna do governo sobre a meta de superávit primário; Joaquim Levy defendia 0,7% do PIB, mas a presidente Dilma decidiu por um número de 0,5%, que poderá chegar a zero em 2016; "estou ligeiramente ofuscado", disse Levy; sobre o rebaixamento da nota, Levy afirmou que isso é sério e indica que nem tudo que precisa ser feito "está sendo feito no passo necessário"

16 DE DEZEMBRO DE 2015 ÀS 12:46


247 – Depois da Standard & Poors, a agência de classificação de risco Fitch acaba de rebaixar a nota da economia brasileira.

Assim, o Brasil perde o chamado "grau de investimento", termo usado pelos investidores para países que são considerados "porto seguro" para investir.

O motivo é a provável demissão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em meio a uma discussão interna do governo sobre a meta de superávit primário – Levy defendia 0,7% do PIB, mas a presidente Dilma Rousseff decidiu por um número de 0,5%, que poderá chegar a zero em 2016.

"Estou ligeiramente ofuscado", disse Levy.

Leia, abaixo, reportagens da Reuters sobre a Fitch e declarações de Levy:

Fitch corta rating do Brasil a "BB+" e tira selo de bom pagador do país

A agência de classificação de risco Fitch retirou nesta quarta-feira o selo de bom pagador do Brasil, ao cortar o rating do país em um degrau, de "BBB-" para "BB+", citando a recessão mais profunda do que o antecipado e a dificuldade que o quadro fiscal e o aumento das incertezas políticas trazem à capacidade do governo de estabilizar a dívida.

Além de retirar o Brasil do patamar de grau de investimento, a Fitch sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva da nota como "negativa".

A decisão da Fitch acontece após o governo da presidente Dilma Rousseff ter alterado, no fim da terça-feira, a meta de superávit primário para 2016, permitindo no limite zerar a economia do governo no próximo ano para o pagamento de juros da dívida pública.

(Reportagem de Flavia Bohone)

"Estou ligeiramente ofuscado", diz Levy, sobre mudança da meta de primário de 2016

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao ser questionado nesta quarta-feira sobre o que achou da mudança da meta de superávit primário de 2016 feita pelo governo da véspera, afirmou que estava "ligeiramente ofuscado".

Levy fez esse único comentário a jornalistas ao chegar para reunião com o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Levy não responde se permanece no cargo, após Fitch rebaixar nota

O ministro da Fazenda permaneceu em silêncio ao ser questionado por jornalistas nesta quarta-feira se permanecerá no cargo, minutos após a agência de risco Fitch ter rebaixado o rating do Brasil para "BB+", tirando do país o selo de bom pagador.

Sobre a perda do chamado grau de investimento, Levy disse que isso é sério. Para o ministro, a decisão da Fitch indica que nem tudo que precisa ser feito "está sendo feito no passo necessário".


Brasil 24/7

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