POR FERNANDO BRITO · 16/12/2015
Adoraria queimar a língua, mas não espero que as decisões do STF, hoje, representem o saneamento das condições de imundície em que se processa o pedido de impeachment na Câmara do Deputados.
Por que?
Porque o Judiciário brasileiro, além de ter presentes juízes francamente partidarizados, como é Gilmar Mendes, tem ministros acovardados diante de uma imprensa que, ela sim, é a suprema corte brasileira: acusa, julga autoritariamente e condena inapelavelmente.
Porque só isso explica a possibilidade de que permitam a Eduardo Cunha ter liberdade de dirigir um processo, muito mais diante da evidência de como ele se comportou na sua aceitação e se comporta quando se trata das investigações sobre ele próprio.
O impeachment é um processo jurídico e político.
Mas o seu juiz, no momento inicial, foi e é Eduardo Cunha.
Resta-nos, agora ao menos, agir no político, criando fatos para que se possa fazer ver ao país que há resistência a um golpe.
E a tribuna desta resistência é a rua.
Tijolaço
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