Esta quarta-feira 16, que era considerada uma espécie de Dia D na batalha do impeachment, está sendo comemorada pela oposição; o motivo: de um lado, o ministro Luiz Fachin validou o rito definido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no que deve ser seguido pelos demais ministros do Supremo Tribunal Federal; de outro, o procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu o afastamento de Cunha – o que também foi exigido por milhares de manifestantes que saíram às ruas; não custa lembrar que, no fim de semana, os dois maiores empresários de mídia do País, João Roberto Marinho e Otávio Frias Filho, dos grupos Globo e Folha, pediram a saída de Cunha para evitar a contaminação do processo de impeachment, que vem sendo articulado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) e pelo vice-presidente Michel Temer
16 DE DEZEMBRO DE 2015 ÀS 20:56
247 – A equação do impeachment se tornou mais delicada para o Palácio do Planalto, nesta quarta-feira 16, que vinha sendo considerada uma espécie de Dia D da guerra política que paralisa o País.
O primeiro motivo: no Supremo Tribunal Federal, o ministro Luiz Fachin validou o rito do impeachment definido por Cunha, no que deve ser seguido pelos demais ministros da corte (leia mais aqui).
O segundo: logo após o encerramento da sessão no STF, foi revelada a informação de que o procurador-geral Rodrigo Janot pediu à corte o afastamento imediato de Cunha não apenas da presidência da Câmara, como também do cargo de parlamentar. A procuradoria-geral divulgou ainda que Cunha recebeu R$ 52 milhões em contas na Suíça e em Israel, pagos por empreiteiras (leia mais aqui).
Embora a queda de Cunha seja uma aparente vitória do governo e dos movimentos sociais que pediram sua cabeça nesta quarta-feira, a presença do parlamentar na presidência da Câmara era também um estorvo para a oposição. Isso porque, com sua avalanche de denúncias, ele contaminava o processo – não por acaso, os protestos pró-impeachment do último domingo foram um retumbante fracasso de público e de crítica.
Aliás, como Cunha contamina o impeachment, os dois maiores empresários de comunicação do País, João Roberto Marinho, da Globo, e Otávio Frias Filho, da Folha, exigiram, em editoriais publicados no último fim de semana, sua saída imediata do cargo (leia aqui e aqui).
O sonho da oposição é poder legitimar o processo de impeachment, que vem sendo articulado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) e pelo vice Michel Temer, com a Câmara sob nova direção – de preferência, sob o comando do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Nesta quarta-feira, o rito de Cunha começou a ser legitimado. E como Cunha perdeu a serventia, pode ser rapidamente descartado pelos articuladores do impeachment.
Brasil 24/7
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