O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, chamou a imprensa para testemunhar seu encontro com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta quarta-feira 23; na reunião, o ministro disse a Cunha que não há margem para dúvidas sobre a decisão da Corte que anulou a formação da comissão especial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff; Lewandowski também esclareceu a Cunha que não cabe ao Supremo responder questões em tese, sobre fatos que ainda não ocorreram; audiência foi solicitada pelo presidente da Câmara, para pedir que os ministros do STF acelerem a publicação do acórdão sobre a decisão que suspendeu o processo de impeachment
23 DE DEZEMBRO DE 2015 ÀS 15:49
247 - O presidente do, Ricardo Lewandowski, chamou jornalistas para testemunharem sua reunião com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta quarta-feira 23. O encontro foi solicitado por Cunha e durou cerca de 30 minutos.
O magistrado disse a Cunha que não há margem para dúvidas sobre a decisão da Corte que anulou a formação da comissão especial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e ainda que não cabe ao Supremo responder questões em tese, sobre fatos que ainda não ocorreram.
Cunha disse que a Câmara pretende entrar com embargos de declaração à decisão do impeachment pelo STF no primeiro dia de fevereiro. Lewandowski respondeu que a oposição de embargos antes da publicação do acórdão do impeachment pode ser intempestiva.
O gesto de Lewandowski lembra o então presidente Itamar Franco no início da década de 90, quando abriu para a imprensa uma audiência sua com o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que dizia querer apresentar uma denúncia contra seu governo. Por fim, as denúncias eram recortes de jornais, cujo dono era o próprio ACM. E a imprensa tudo acompanhou.
Leia mais na reportagem da Agência Brasil:
Lewandowski: não há margem para dúvidas em decisão do STF sobre impeachment
André Richter - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse hoje (23) ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que não há margem para dúvidas sobre a decisão da Corte que anulou a formação da comissão especial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Lewandowski também esclareceu a Cunha que não cabe ao Supremo responder questões em tese, sobre fatos que ainda não ocorreram.
O presidente do Supremo recebeu Cunha e mais quatro deputados para uma audiência que foi solicitada pelo presidente da Câmara. O encontro durou cerca de 30 minutos. A reunião foi aberta aos jornalistas. Cunha solicitou a reunião para pedir que os ministros acelerem a publicação do acórdão, o documento final sobre o julgamento, e esclareçam, principalmente, como a Casa deve agir se a comissão única para formação da comissão do impeachment for rejeitada na eleição pelo plenário
Após a reunião, Cunha disse que vai aguardar decisão do Supremo sobre as suas dúvidas para prosseguir com o processo de impeachment. O presidente também confirmou que vai entrar com recurso na Corte para esclarecer a decisão do plenário.
Na semana passada, por 6 votos a 5, a Corte entendeu que a comissão deve ser formada por representantes indicados pelos líderes dos partidos, escolhidos por meio de chapa única, e não por meio de chapa avulsa.
Brasil 24/7
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