A Folha de ontem publica, meio na base do “folclore” que o ex-mega-ruralista Olacyr de Morais, tirou a “sorte grande” com uma licença de pesquisa em Barreiras, na Bahia, que teria descoberto jazidas imensas de tálio, um mineral, além de altamente tóxico – em determinados isótopos, até radiativos – absolutamente estratégico para a produção de materiais especiais.
A reserva descoberta pela Itaoeste, do empresário, é imensa, capaz de abastecer o mundo por seis anos. E é uma prospecção inicial.
Só o Cazaquistão e a China têm este mineral. E a China já colocou barreiras à sua exportação.
O tálio é essencial para a fabricação de supercondutores, que têm aplicações tão diversas quanto permitir a transmissão de energia com baixas perdas até a fabricação de células fotoelétricas e em medicina nuclear para diagnosticar doenças coronarianas.
E é altamente tóxico, tanto que era utilizado – e por toxidade foi banido – até como veneno de ratos e para matar ex-espiões da KGB. Sua capacidade de contaminação ambiental é imensa.
Custa “apenas” R$ 10 mil o quilo.
Uma jazida imensa de algo assim pode ser explorada com interesses e métodos comerciais, apenas?
Não é uma minazinha qualquer. E não pode ser explorada como se fosse. Precisa, no mínimo, de rigorosa supervisão estatal e de controle comunitário sobre a segurança da extração.
Vamos ter muito debate sobre isso na Câmara.
Blog do Brizola Neto
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