quarta-feira, 25 de novembro de 2015

OUÇA O ÁUDIO QUE LEVOU DELCÍDIO E ESTEVES À PRISÃO



Áudio da conversa gravada pelo filho de Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, mostra o senador Delcídio Amaral (PT-MS) oferecendo auxílio financeiro de R$ 50 mil mensais, bem como intercessão junto a ministros do Supremo pela liberdade de Cerveró, para que o ex-diretor internacional da Petrobras não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal; áudio diz ainda que o banqueiro André Esteves bancaria as despesas da operação, estimadas em R$ 4 milhões; gravação serviu de base para a Procuradoria-Geral da República pedir a prisão de Delcídio, Esteves, do ex-advogado de Cerveró Edson Ribeiro; e do chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira


25 DE NOVEMBRO DE 2015 ÀS 17:31


André Richter e Michelle Canes, da Agência Brasil - A Procuradoria-Geral da República (PGR) usou depoimentos da delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e do filho dele, Bernardo Cerveró, para pedir a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS); de André Esteves, dono do Banco BTG Pactual; do ex-advogado de Cerveró Edson Ribeiro; e do chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira. As prisões foram autorizadas ontem (24) pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), e executadas hoje (25) pela Polícia Federal.

Segundo o documento enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), no qual faz o pedido de prisão dos investigados, a procuradoria diz que Delcídio tentou dissuadir Nestor Cerveró de aceitar o acordo de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), ou que, se isso acontecesse, que evitasse delatar o senador e também André Esteves.

Em um trecho do processo, a PGR afirma que Delcídio ofereceu dinheiro para evitar a citação de seu nome nas investigações. "O senador Delcídio Amaral ofereceu a Bernardo Cerveró auxílio financeiro, no importe mínimo de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) mensais, destinado à família de Nestor Cerveró, bem como prometeu intercessão política junto ao Poder Judiciário em favor de sua liberdade, para que ele não entabulasse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal", diz a PGR.

O documento diz ainda que o banqueiro André Esteves arcaria com o custo do auxílio financeiro e que parte desse valor seria justificado como pagamento de honorários advocatícios "a serem convencionados em contrato de prestação de serviços de advocacia entre André Esteves e/ou pessoa jurídica por ele controlada com o advogado Edson Ribeiro".

Ouça o áudio da conversa entre Delcídio Amaral, Bernardo Cerveró e Edson Ribeiro:


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