Era a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff que conferia certa unidade ao PSDB; quando o golpe parecia viável, tanto os senadores Aécio Neves e José Serra, assim como o governador Geraldo Alckmin, pareciam ter chegado a um consenso; agora, enquanto a colunista Eliane Cantanhêde informa que o "impeachment subiu no telhado" e a coluna Painel que a ação no TSE tende a ser arquivada, a tendência é que tenha início a grande luta interna do PSDB para a definição do candidato em 2018; Alvaro Dias já saiu e, se não houver consenso, tanto Serra quanto Alckmin poderão debandar
17 DE JANEIRO DE 2016 ÀS 15:31
247 – Depois de ver fracassada sua tentativa de derrubar a presidente Dilma Rousseff por meio de um golpe parlamentar em 2015, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pode ter que começar a se preocupar com a luta interna do PSDB, neste início de 2016.
Embora o terceiro turno da eleição presidencial de 2014 ainda não tenha sido definitivamente enterrado, os tucanos parecem estar começando a se dar conta de que o golpe fracassou. Neste domingo, Eliane Cantanhêde publicou que o "o impeachment" subiu no telhado (leiaaqui). E a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, informa que as ações movidas pelo PSDB no Tribunal Superior Eleitoral tendem a ser arquivadas (leia aqui).
Sem o golpe, Aécio perde aquele que foi seu único mote desde que perdeu as eleições presidenciais. E terá agora que costurar a unidade interna do PSDB para tentar chegar competitivo em 2018 – uma missão que parece quase impossível.
Até agora, as pesquisas Datafolha sobre 2018 apontaram Aécio na liderança, mas fizeram simulações apressadas. Nos cenários, colocavam Aécio ou Alckmin – e não Aécio e Alckmin na mesma disputa. A tendência é que o PSDB se fragmente, produzindo várias candidaturas paralelas.
O primeiro a sair foi o senador Alvaro Dias, que trocou o ninho tucano pelo PV. Alckmin já atua como se estivesse no PSB – e não no PSDB. Prova disso é sua escolha por um candidato para perder em São Paulo, que seria o neófito elitista João Doria Júnior. Para Alckmin, parece ser melhor perder na capital paulista do que ajudar a eleger prefeito o vereador Andrea Matarazzo, tido como serrista. E José Serra, por sua vez, também não parece disposto a desperdiçar sua última chance de concorrer à presidência da República – nem que seja pelo PMDB.
Durante algum tempo, a perspectiva de golpe contra a presidente Dilma uniu os tucanos em torno de um objetivo comum. A partir de agora, será cada um por si.
Brasil 24/7
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