A participação ativa de Michel Temer na angariação de uma megapropina de US$ 40 milhões – o equivalente a R$ 126 milhões – para integrantes do PMDB junto à Odebrecht foi confirmada por mais um ex-executivo da empreiteira; em seu depoimento à à Procuradoria-Geral da República (PGR), Rogério Santos de Araújo, responsável pelo lobby da Odebrecht na Petrobras, afirmou que Temer, em reunião em 15 de julho de 2010, "assentiu" e deu a "bênção" aos termos do acordo previamente tratados por executivos da empreiteira com o então deputado Eduardo Cunha (PMDB) e o lobista do PMDB João Augusto Henriques; de acordo com Araújo, como se tratava de uma propina de valor elevado, a Odebrecht cobrou a aquiescência de peemedebistas de mais expressão do que Cunha; antes dele, Márcio Faria, número dois da Odebrecht, já havia delatado Temer
15 DE ABRIL DE 2017
247 - Michel Temer aparece cada vez mais envolvido no atoleiro das delações da Odebrecht.
Mais um ex-executivo da empreiteira afirmou em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Temer foi o responsável por chancelar, em 2010, acerto para que a empreiteira destinasse US$ 40 milhões de propina a integrantes do PMDB.
As informações são de reportagem de Bela Megale, Ranier Bragon e Camila Mattoso na Folha de S.Paulo.
"Rogério Santos de Araújo, responsável pelo lobby da Odebrecht na Petrobras, afirmou que Temer, em reunião em 15 de julho de 2010, "assentiu" e deu a "bênção" aos termos do acordo previamente tratados por executivos da empreiteira com o então deputado Eduardo Cunha (PMDB) e o lobista do PMDB João Augusto Henriques.
Antes dele, Márcio Faria, ex-presidente da Odebrecht Engenharia, também havia mencionado a reunião.
De acordo com Araújo, como se tratava de uma propina de valor elevado, a Odebrecht cobrou a aquiescência de peemedebistas de mais expressão do que Cunha.
"A resposta do ex-executivo da Odebrecht foi afirmativa: "Isso, era um valor muito alto, né? E [era preciso cobrar] o engajamento do PMDB em toda a sua cadeia, acima do Eduardo Cunha".
Temer confirma a existência da reunião, realizada em seu escritório político em São Paulo, mas nega que nela tenham sido discutidos valores ou acertos escusos.
Segundo o relato de Araújo, não se falou em valores na reunião mas em todo o momento foi relatado, principalmente por Cunha, o empenho que o partido teria na aprovação do contrato de US$ 825 milhões entre a área internacional da Petrobras, controlada pelo partido, e a Odebrecht. E que os valores já haviam sido definidos em reuniões pretéritas com Cunha e João Augusto Henriques."
Confira aqui o vídeo da delação de Márcio Faria sobre a propina de US$ 40 milhões para Temer e o PMDB.
Brasil 247
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