Em artigo no Jornal GGN, o advogado e dirigente sindical patronal André Araújo avalia que o problema da vulnerabilidade da Petrobras a "esquemas de achacadores do mercado financeiro novaiorquino que se especializam em extorquir empresas cotadas na Bolsa de Nova York que tenham algum problema de compliance" começou no governo FHC, quando, sem poder privatizar a empresa, abriu capital nos EUA, "na ânsia de parecer moderninho"
7 DE JANEIRO DE 2018
por André Araújo, no Jornal GGN
Por que a Petrobras se tornou vulnerável a esquemas de achacadores do mercado financeiro novaiorquino que se especializam em extorquir empresas cotadas na Bolsa de Nova York que tenham algum problema de compliance? São sempre os mesmos escritórios, um grupo fechado liderado pela Rosen Law Firm, todos são da mesma etnia, eles escolhem a caça e fundos abutres compram ações PARA PROCESSAR empresas que tiveram algum desvio ético.
O problema foi CRIADO NO GOVERNO FHC. Não podendo privatizar a Petrobras, desejo intenso desse grupo, abriram o capital na Bolsa de Nova York, privatização indireta, uma insanidade, na ânsia de parecer moderninho.
A PETROBRAS nada ganhou com isso. Abriu o capital, NÃO LEVANTOU DINHEIRO NOS EUA, apenas quis parecer uma empresa "americanizada", moderninha, de mercado. Seus presidentes ultraneoliberais Henri Reichstul e Francisco Gros, que nada entendiam de petróleo e nada tinham a ver com o setor, tipos com cara de "internacionais" sofisticados, Gros era diretor do banco de investimentos Morgan Granfell e Reichstul um parisiense, ligadíssimos ao mercado financeiro, praticamente estrangeiros no Brasil, figuras exóticas e mal explicadas.
Grandes PETROLEIRAS ESTATAIS como a STATOIL da Noruega, PEMEX do Mexico, ARAMCO da Arabia Saudita, QATAR Oil, do Qatar, , IRAQ NATIONAL PETROLEUm , do Iraque, NIOC , do Irã, RUSSNEFT, da Russia não fizeram essa loucura.
São empresas nacionais, instrumentos de uma estratégia nacional, ABRIR o capital muda toda a lógica da empresa, inves de servir ao Pais vai servir aos especuladores de Nova York e todo seu foco vira do avesso, inves de atender ao Pais que formou e capitalizou a empresa, a abertura do capital em Nova York vai torná-la objeto de especulação financeira, é preciso atender em primeiro lugar ao mercado e não ao País, às agências de rating, à Bloomberg, a empresa se apequena.
O Governo FHC cometeu essa desatino, jogou a PETROBRAS, a troco de nada, na rinha de galos da especulação deslavada, hoje dominada por "hedge" funds, fundos especulativos de todo tipo, abutres, um mundo de corsários e sujeitou a empresa aos caprichos das autoridades e dos juizes americanos que tem a cultura legal de mega indenizações, cem vezes maior que o prejuizo. É um meio jurídico amalucado e nada razoável, estranho aos nossos principios.
O Governo FHC foi absurdamente irresponsável, para atender à "clique" neoliberal da privatização descarada, das Landau, Franco, Gros, Reichstul, Malan, Bacha. Arida, jogou nossa maior e principal empresa no ringue mundial da especulação para nada. O que a Petrobras ganhou ao bater o martelo em Nova York, que vaidade infantil?
Não levantou dinheiro nos EUA, foi só um capricho "olha como somos modernos, estamos listados em Nova York" e lá vai um bando de idiotas basbaques tocar o sino porque a ação entrou no painel, que tolos, a conta jogam para os brasileiros.
Brasil 247
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