Como o sujeito da fábula da galinha dos ovos de ouro, que abriu o bichinho que lhe dava um precioso presente todos os dias por burrice e ambição, o Governo Temer leiloa hoje mais áreas do pré-sal.
Como ainda são dentro do modelo de partilha, isso lhe dá direito de outorgar a exploração por uma taxa de participação no petróleo que será produzido – são áreas sem risco de dar no “seco” – por que perfurar os campos de Itaimbezinho, Três Marias, Dois Irmãos e Uirapuru, nas bacias de Campos e Santos.
O governo Temer, porém, optou por estabelecer percentuais muito baixos pelas outorgas e, em lugar de garantir receitas permanentes, prefere que a bolada venha cash para suprir suas dificuldade orgamentárias.
O mais promissor dos campos, Uirapuru, para que você tenha ideia, tem um bônus a ser pago à vista de R$ 2,6 bilhões, e, pela área (1.285,33 km²) e pela localização (próximo ao megacampo de Carcará, na Bacia de Santos) pode representar lucros imensos, com bilhões de barris. Ocorre, porém, que há certeza de que ali há muito petróleo, mas não quanto, porque nem mesmo um poço foi perfurado, para dimensionar a reserva.
A Associação de Engenheiros da Petrobras acha “muito estranho que dentro da ANP os técnicos não tenham conhecimento destes fatos. E mais estranho ainda que os sumários exploratórios dos campos disponibilizados pela ANP omitam os volumes originais in place de petróleo (VOIP) e de gás (GOIP)”.
Quão conveniente é para um governo ilegítimo, que tem pressa de leiloar o Pré-Sal, que o povo brasileiro não tenha conhecimento sobre os volumes destes campos gigantes e supergigantes? Será que tal “esquecimento” não seria proposital para facilitar o ataque ao Pré-Sal através de leilões e das “parcerias estratégicas” com as multinacionais de petróleo?
Proposital ou não, o leilão de hoje, com a alta do preço do petróleo e as condições generosas que se oferece atraíram um número recorde de multinacionais interessas em arrematá-los: 14, no total.
Onde tem doce, tem mosca.
Tijolaço
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