POR FERNANDO BRITO · 09/01/2020
ImpreCionante, como diria o sujeito lá do Ministério da Educação.
Diz a Folha que o MEC abriu um concurso para estudantes do ensino médio disputarem a primazia de ter seu esenho da bandeira brasileira escohido para ser estampado nos livros didáticos brasileiros, aqueles que, segundo o presidente da República, “têm um montão de coisa escrita”.
Nada, é claro, contra os desenhos da meninada ou contra a bandeira do Brasil.
Tudo, é claro, contra esta “patetização” de fraudar o nacionalismo, reduzindo-o a símbolos vazios, porque bandeira, apenas, não faz nação.
Nação se faz com povo que se identifica no outro e que, por essa identidade, jamais o exclui ou oprime.
Nos anos 60 e 70, os cadernos escolares de “bandeirinha” eram comuns.
Não viramos um país melhor por isso. Não serviam para dizer que somos iguais, nas diferenças.
Eram portadas apenas por meninos e meninas brancas, jamais por negrinhos e mestiços, como também somos.
O verde-amarelo só era permitido aos pobres na camisa da seleção.
Agora, é o contrário. À classe média alta e aos ricos, nacionalismo é só a camisa da seleção, porque suas identidades estão todas lá fora.
Cobrem-se com ela para a liquidação do país.
Bandeira sem povo é a de Castro Alves, a que não se houve rota na batalha, mas serve a um povo de mortalha.
Tijolaço
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