quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Wadih: com o caso Secom, Bolsonaro acaba de liberar a corrupção em seu governo


Wadih Damous, ex-presidente da OAB, afirmou que recomendou ao líder do PT na Câmara, o deputado federal Paulo Pimenta, para que representasse na Comissão de Ética da Presidência da República não só contra o chefe da Secom, Fabio Wajngarten, mas também contra Jair Bolsonaro. "Mais estarrecedor do que o fato em si, é a omissão do presidente da República", disse. Assista

16 de janeiro de 2020


Wadih Damous, Fabio Wajngarten e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)



247 - O ex-deputado federal e ex-presidente da OAB Wadih Damous, em entrevista à TV 247, afirmou que há um claro conflito de interesses no escândalo envolvendo o chefe da Secom, Fabio Wajngarten, e sua empresa, a FW Comunicação e Marketing. Damous confirmou que Jair Bolsonaro, por omissão ou cumplicidade, libera a corrupçaõ em seu governo ao não punir o secretário.

"É absolutamente escandaloso. Mais estarrecedor do que o fato em si, é a omissão do presidente da República, não sei nem se é omissão porque ele foi instado a se pronunciar em uma entrevista coletiva, abandonou a entrevista por conta disso e ainda sai dizendo que trata-se de um excelente profissional", disse Wadih Damous.

O ex-deputado recomendou ao líder do PT na Câmara dos Deputados, o deputado federal Paulo Piementa (RS-PT), para que representasse na Comissão de Ética da Presidência da República contra Wajngarten e Bolsonaro. "Recomendei ao Pimenta que se representasse na Comissão de Ética da Presidência da República contra o chefe da Secom e contra o próprio presidente da República que, claramente, disse que vai deixar para lá. O presidente da República diz 'se for ilegal a gente vê mais para frente', que história é essa?

Damous também explicou o motivo pelo qual há conflito de interesses, o que é proibido por lei, na administração da Secom por Fabio Wajngarten. "Há um evidente conflito de interesses, o interesse privado e o interesse público. Qual é o interesse público? Ele é chefe da Secom, subordinado diretamente ao gabinete da Presidência da República. A Secom é o órgão governamental que distribui as verbas de publicidade para os órgãos de comunicação. Ao mesmo tempo, ele tem uma empresa que cuida exatamente desse assunto. É evidente o conflito de interesses, ele não pode continuar à frente da Secom, ele jamis poderia ter sido nomeado".

Wadih Damous explica o escândalo Secom




Brasil 247

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