TV GGN
quinta-feira, 31 de março de 2022
Pretexto para o Golpe de 64, Comunismo nunca ameaçou o Brasil nem foi consolidado em outros países
Em entrevista ao GGN, Luís Felipe Miguel e Fernando Horta respondem as dúvidas mais comuns sobre o que é Comunismo
Publicado em 30 de março de 2022
O dia 31 de março de 2022 é aniversário de 58 anos do golpe militar no Brasil, marco que estabeleceu uma ditadura de 21 anos que deixou mazelas na sociedade até hoje. A data carrega consigo reflexões acerca deste período histórico. Segundo o relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), graves violações aos direitos humanos aconteceram entre 1964 e 1985. Os militares adeptos do golpe argumentam que a ameaça comunista justificou a derrubada do governo João Goulart.
A “ameaça comunista” voltou à tona com a ascensão de Jair Bolsonaro ao poder. O líder de extrema-direita afirma que sua agenda primordial é impedir que o Brasil se torne um país comunista, como os vizinhos da América do Sul. Mas, afinal, quais países do mundo são comunistas? O que é comunismo? E o Brasil, já houve uma ameaça comunista no País, de fato?
O historiador Fernando Horta e o cientista político Luis Felipe Miguel respondem essas perguntas em uma entrevista exclusiva para a TVGGN. Confira a seguir:
AFINAL, O QUE É O COMUNISMO?
Segundo Fernando Horta, o comunismo é um modo de produção que se caracteriza por questionar a posse privada dos meios de produção e transformá-los em domínio público. Segundo Karl Marx e Friedrich Engels, os principais teóricos sobre o tema, o modo de produção capitalista seria superado pelo modo de produção comunista. Dessa forma, nesse processo, a sociedade passaria por dois processos de transição: a ditadura do proletariado e o socialismo. Luis Felipe Miguel, para simplificar, ainda adiciona: “Comunismo significa um regime em que a propriedade da riqueza é comum a todos os integrantes daquela comunidade”.
O COMUNISMO PRODUZ UMA SOCIEDADE SEM LIBERDADES?
O professor e cientista político Luis Felipe Miguel explica que o ideal comunista era o de uma sociedade com a mais absoluta liberdade. Segundo Karl Marx, as pessoas perdem a liberdade devido à estruturas de repressão, como leis e aparatos do Estado criados por causa da posse privada dos meios, e devido à necessidade, quando pessoas não conseguem garantir sua subsistência. O sociólogo alemão tem visão materialista da liberdade, ou seja, para ele, na sociedade comunista não haveria privação visto que a riqueza seria distribuída entre todos para que todos tivessem uma vida digna e, logo, não haveria repressão estatal. Luis Felipe afirma: “O ideal comunista não é de uma sociedade autoritária, com Estado forte, é o contrário disso”. O historiador Fernando Horta ainda complementa: “O comunismo não vai tirar sua casa, seu Iphone, seu carro. Para Marx o que não pode existir é a propriedade privada dos meios de produção”.
QUAIS PAÍSES SÃO COMUNISTAS?
Você já deve ter escutado expressões como “Vai para Cuba” ou “Não queremos que o Brasil se torne a próxima Cuba comunista”. Mas, afinal, Cuba é um país comunista? Algum país do mundo é comunista? Luis Felipe Miguel e Fernando Horta explicam que não, nenhum país do mundo pode ser considerado um país comunista.
Esse fato pode ser explicado devido às revoluções feitas no século 20 em nome dos ideais marxistas em alguns países – que popularmente ficaram conhecidos como países comunistas. Entretanto, do ponto de vista da teoria esses países não poderiam ser considerados comunistas visto que não correspondiam aos ideais propostos pelos teóricos. Dessa forma, não se caracterizam pela ausência de Estado, riqueza e posse pública dos meios e entre outros. Segundo o cientista político, no máximo esses países poderiam ser reconhecidos como esforços de transição para chegar à sociedade comunista. Fernando Horta ainda brinca que o único mundo que já foi comunista foi o seriado “Star Trek”.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE COMUNISMO, SOCIALISMO E NAZISMO?
Existe uma confusão deliberada entre os conceitos de Comunismo, Socialismo e Nazismo. Países socialistas chamados de comunistas, regimes nazistas aproximados ao comunismo e entre outros. Luis Felipe Miguel e Fernando Horta esclarecem as diferenças desses conceitos. Horta explica que, segundo Marx, primeiramente o socialismo na interpretação clássica é considerado uma etapa para o comunismo. Além disso, no comunismo não existiria uma sociedade de classes, já no socialismo essa divisão ainda existe entre quem detém poder político. Luis Felipe ainda relata que as diferenças entre comunismo e nazismo são claras entre os estudiosos da área. No nazismo existe um coletivismo baseado na raça, uma sociedade hierarquizada e um aumento da exploração da força de trabalho capitalista. Já a visão de comunismo é o oposto: são sociedades mais igualitárias, livres e democráticas.
JÁ HOUVE UMA AMEAÇA COMUNISTA NO BRASIL?
O historiador e professor Fernando Horta explica que não, o Brasil nunca chegou perto de ser um país comunista. Na verdade, o comunismo foi usado como pretexto para o golpe de Estado e uma forma de ameaçar a população. Na proposta política de João Goulart e de sua reforma agrária não haviam ideias e propostas comunistas. A ameaça do comunismo é usada para impedir a liberdade de manifestação. Luis Felipe adiciona: “Durante esses governos não houve nenhuma tentativa para que o Estado controlasse a economia e nenhuma tentativa para que os trabalhadores se apropriassem dos meios de produção”.
POR QUE O MEDO DO COMUNISMO?
O cientista político Luis Felipe Miguel demonstra que existiu na história uma campanha deliberada para demonizar o Comunismo. Desde que os primeiros movimentos da classe trabalhadora eclodiram, houve uma indústria de elaboração de mitos sobre o comunismo. Um exemplo é o desenho: “As aventuras de Tintim”, que disseminou no imaginário das pessoas uma imagem sádica dos comunistas e dos soviéticos. Para Luis Felipe, falta educação política entre as pessoas nesse debate.
GGN
Acabou, Moro
Moro vai se filiar à União Brasil em SP e admite desistir de disputa à Presidência. diz a Folha; Moro deixa Podemos para o União Brasil e deve desistir da candidatura à Presidência. confirma o Estadão.
A ironia: em nenhum dos dois, a notícia é manchete. Esta fica para João Dória, um candidato que, em tese, tem quatro vezes menos intenção de voto que o ex-juiz e ex-herói da mídia.
Com o perdão póstumo de Augusto dos Anjos, não dá para deixar de pensar em seu clássico “Vês! Ninguém assistiu ao formidável/Enterro de sua última quimera”.
Ainda que Moro possa continuar, por algum tempo, negando que tenha desistido da candidatura, já foi “desistido”, porque nenhum candidato do União Brasil, agora reduzido a um “ex-DEM” aditivado por alguns deputados do PSDB, depois da saída dos bolsonaristas, quer ficar amarrado a um cadáver político.
Aliás, nem mesmo seus novos sócios na empreitada o querem. Seu novo líder, Luciano Bivar, campeão da locação de legendas nas eleições – seu último inquilino, Jair Bolsonaro, foi embora mas deixou muita mobília – vai usar seu nome nas negociações – imagina-se quais – com Simone Tebet e Eduardo Leite, se este quiser a xepa deixada por João Doria.
A Terceira Via, que se mantinha ao menos no imaginário dos jornais, acaba definitivamente e Bivar até sugere “Centro Democrático” como novo rótulo para o arranjo. Má ideia, porque “Centrão” já virou depreciativo.
A eleição não tem outro caminho a não ser o Lula x Bolsonaro, o democracia x fascismo, a civilização contra a barbárie.
E Sérgio Moro, o homem que julgava ter o Brasil a seus pés, como acaba por ocorrer com todas as fraudes, vai para o lixo da história.
Tijolaço
Bolsonaro defende ditadura e manda ministros do STF calarem a boca
Nesta quinta-feira (31), data que marca 58 anos do golpe militar de 1964, Jair Bolsonaro (PL) exaltou a ditadura e chamou ministros do Supremo de "inimigos"
31 de março de 2022
Bolsonaro, ao lado de Braga Netto e comandantes militares durante desfile militar em frente ao Palácio do Planalto (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)
247 - Nesta quinta-feira (31), data que marca 58 anos do golpe militar de 1964, Jair Bolsonaro (PL) exaltou a ditadura e insultou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), mandando-os calarem a boca. Sem a ditadura, Bolsonaro disse que o Brasil seria uma "republiqueta" e afirmou que naquele período "todos tinham direito de ir e vir, e sair do Brasil, trabalhar, constituir família, de estudar".
A ditadura militar foi um regime marcado pela violência e repressão. Segundo a Comissão Nacional da Verdade, 434 brasileiros foram mortos ou “desaparecidos” durante a ditadura militar entre os anos de 1964 e 1985. A comissão também concluiu que mais de 8,3 mil indígenas perderam a vida naquele período em razão de ações praticadas ou toleradas pelo regime então em vigor. Estima-se que 50 mil pessoas tenham sido presas por razões políticas, tendo cerca de 20 mil delas submetidas a torturas.
"E nós aqui temos tudo para sermos uma grande nação. Temos tudo, o que falta? Que alguns poucos não nos atrapalhem. Se não tem ideias, cala a boca. Bota a tua toga e fica aí. Não vem encher o saco dos outros", disse.
Ele também falou em "inimigos que habitam a região [da praça] dos Três Poderes", sem citar nomes.
Sem citar nominalmente a ministra Rosa Weber, do Supremo, ele criticou: "a PF diz que não tenho nada a ver com a vacina que não foi comprada, mas uma ministra [diz] ‘não, não vou arquivar’. Isso é passível de detenção do presidente. O que essas pessoas querem? O que têm na cabeça?". Rosa Weber decidiu não arquivar a investigação da compra da Covaxin.
Mencionando o deputado federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ), o chefe do governo federal atacou o ministro Alexandre de Moraes: "não pode conselheiros o tempo todo [dizerem], 'calma, espera o momento oportuno'. Calma é o cacete, pô". É muito fácil falar ‘Daniel Silveira, cuida da tua vida'. Não vou falar isso. Fui deputado por 28 anos. E lá dentro daquela Casa, com todos os possíveis defeitos, ali é a essência da democracia também".
Brasil 247
Passagem consagradora de Lula pelo Rio termina em noite apoteótica na Mangueira com Gal e Chico
Em dois dias na cidade, Lula arrebatou o Rio de Janeiro numa série de encontros e atos com milhares de pessoas
31 de março de 2022
Lula, Gal Costa e Lula e Chico Buarque (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução/Twitter)
247 - Lula teve uma agenda intensa e consagradora em sua passagem de dois dias pelo Rio, nestas terça (29) e quarta-feiras (30), que se encerrou uma noite literalmente apoteótica na Mangueira. Foram dezenas de encontros públicos e privados com líderes dos movimentos populares e especialmente das favelas da cidade, com artistas, políticos, intelectuais, petroleiros, mangueirenses, a comunidade da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e líderes da América Latina e Europa.
A agenda teve, na terça-feira, um encontro com a Federação Única dos Trabalhares (FUP) seguido por um “Almoço com Conversa”, organizado pelo movimento Favela Orgânica, comunidade da Babilônia -no cardápio, almoço com risoto de jaca. E terminou com um encontro com artistas, organizado por Ludmilla.
Nesta quarta, duas agendas consagradoras, o Encontro Internacional Democracia e Igualdade na UERJ e a noite na Mangueira.
Na sequência de vídeos e postagens, de Lula, Janja, Gal Costa e Sara York é possível acompanhar o que aconteceu nos dois dias:
Brasil 247
quarta-feira, 30 de março de 2022
Guerra na Ucrânia é apoiada por 76% dos russos
Maior parte acredita que o objetivo da invasão é proteger a Rússia, desarmar a Ucrânia e impedir a implantação de bases militares da Otan em seu território
30 de março de 2022
(Foto: Reuters)
Sputnik - A operação especial russa na Ucrânia é apoiada por 76% dos cidadãos russos.
Isso é evidenciado pelos dados de uma nova pesquisa VTsIOM.
42% dos entrevistados acreditam que o objetivo da operação é proteger a Rússia, desarmar a Ucrânia e impedir a implantação de bases militares da OTAN em seu território.
Outros 21% veem o objetivo de mudar o curso político da Ucrânia e sua limpeza dos nazistas.
18% têm certeza de que o objetivo é proteger a população de Donbass.
Brasil 247
Primeira pesquisa depois do anúncio de Marília Arraes mostra sua liderança em todos os cenários
Marília Arraes, que trocou recentemente o PT pelo Solidariedade para disputar o governo de Pernambuco, lidera com o dobro das intenções de voto da segunda colocada, Raquel Lyra
30 de março de 2022
Deputada federal Marilia Arraes se filia ao Solidariedade (Foto: Divulgação)
247 - Pesquisa realizada pelo Conectar, patrocinada pelo Blog do Magno, mostra que a pré-candidata ao governo de Pernambuco pelo Solidariedade, Marília Arraes, que recentemente deixou o PT e anunciou sua participação no pleito, está na liderança para vencer a eleição.
Ela tem 28% das intenções de voto, o dobro de Raquel Lyra (PSDB), que tem 14%.
Cenário 1
Marília Arraes (Solidariedade) - 28%
Raquel Lyra (PSDB) - 14%
Miguel Coelho (União Brasil) - 11%
Anderson Ferreira (PL) - 8%
Danilo Cabral (PSB) - 6%
João Arnaldo (PSOL) - 2%
Jones Manoel (PCB) - 1%
Brancos/nulos/indecisos - 22%
Não sabem/não responderam - 10%
Cenário 2
Raquel Lyra - 21%
Miguel Coelho - 15%
Anderson Ferreira - 11%
Danilo Cabral - 8%
José Arnaldo - 4%
Jones Manoel - 3%
Brancos/nulos/indecisos - 28%
Não sabem/não responderam - 11%
Cenário 3
Marília Arraes - 31%
Raquel Lyra - 17%
Anderson Ferreira - 9%
Danilo Cabral - 6%
João Arnaldo - 3%
Jones Manoel - 1%
Brancos/nulos/indecisos - 25%
Não sabem/não responderam - 8%
Cenário 4
Marília Arraes - 34%
Miguel Coelho - 12%
Anderson Ferreira - 9%
Danilo Cabral - 8%
João Arnaldo - 4%
Jones Manoel - 1%
Brancos/nulos/indecisos - 25%
Não sabem/não responderam - 8%
Cenário 5
Raquel Lyra - 25%
Anderson Ferreira - 11%
Danilo Cabral - 11%
João Arnaldo - 7%
Jones Manoel - 2%
Brancos/nulos/indecisos - 34%
Não sabem/não responderam - 11%
Cenário 6
Miguel Coelho - 18%
Anderson Ferreira - 12%
Danilo Cabral - 12%
João Arnaldo - 7%
Jones Manoel - 2%
Brancos/nulos/indecisos - 38%
Não sabem/não responderam - 11%
Cenário 7
Marília Arraes - 38%
Anderson Ferreira - 10%
Danilo Cabral - 10%
José Arnaldo - 5%
Jones Manoel - 1%
Brancos/nulos/indecisos - 28%
Não sabem/não responderam - 9%
O levantamento mostra que Danilo Cabral e Arnaldo são os mais rejeitados, por 34%. Anderson Ferreira aparece em seguida, com 31%. Na sequência: Miguel Coelho (29%), Jones Manoel (28%), Marília Arraes (26%) e Raquel (25%).
A pesquisa ouviu 1.000 pessoas entre os dias 26 e 29 de março. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código PE-02798/2022.
Brasil 247
terça-feira, 29 de março de 2022
"Ministros estão muito irritados com Raul Araújo", diz Tereza Cruvinel
"Ministros vão levar caso ao plenário do TSE só para ter uma decisão coletiva derrotando Raul Araújo", disse a jornalista
28 de março de 2022
(Foto: Abr | Antonio Augusto/Ascom/TSE)
247 - Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estariam irritados com a decisão do ministro Raul Araújo que proibiu a realização de manifestações políticas durante o festival Lollapalooza, que terminou nesse domingo (27). Segundo a jornalista Tereza Cruvinel, a decisão monocrática que atendeu a pedido do PL, partido de Jair Bolsonaro, não representa a visão do tribunal sobre a liberdade de expressão.
"Não podemos confundir a decisão monocrática do ministro Raul Araújo com o TSE. O TSE está muito incomodado, falei com pessoas de lá hoje. Os ministros estão muito irritados com este Raul, porque ele expediu uma decisão monocrática, que, no entender dos ministros como Fachin, Alexandre Cardoso, e outros, uma decisão que é contrária ao que o TSE no conjunto tem feito em defesa da liberdade de expressão", disse Tereza Cruvinel em seu quadro no Boa Noite 247, da TV 247.
"Ficou muito mal, parecendo que o TSE abençoa a censura. E não foi o TSE. Tanto que esta ação nem precisava ir ao plenário, porque ela já perdeu o objeto. Mas os ministros vão levar ao plenário só para ter uma decisão coletiva derrotando Raul Araújo", acrescentou Tereza Cruvinel.
O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que pretende levar “imediatamente” ao plenário da Corte a decisão monocrática do ministro do TSE Raul Araújo que censurou protestos no Lollapalooza. Na decisão, Araújo também estipulou o pagamento de uma multa de R$ 50 mil a ser paga pela organização do evento toda vez que a decisão fosse descumprida. O Lollapalooza, porém, não foi intimado a tempo e recorreu da decisão.
Leia também matéria do Conjur sobre o assunto:
Decisão do TSE sobre Lollapalooza é 'manifestação distópica', diz Celso
A decisão que proibiu artistas de manifestar opiniões políticas no festival Lollapalooza foi classificada por Celso de Melo como "manifestação distópica da mais alta corte eleitoral" do país.
O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal fez um paralelo entre "1984", o romance clássico de George Orwell, e a decisão monocrática do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral, aludindo à "novilíngua", uma estratégia de manipulação de informação aplicada pelo governo totalitário do livro.
A manipulação da linguagem, no romance, é uma forma de controle do pensamento. O sistema funciona com base na supressão de termos ideologicamente indesejáveis ou pela atribuição de significados rígidos às palavras remanescentes.
Leia a íntegra da manifestação do ministro:
"PREOCUPANTE A NOVILÍNGUA DO TSE !!!!! CENSURA , PARA ESSE TRIBUNAL, É LIBERDADE DE EXPRESSÃO! IMPRESSIONANTE E ATUAL , NA EXPRESSÃO DE ORWELL, A MANIFESTAÇÃO DISTÓPICA DA MAIS ALTA CORTE ELEITORAL !
'O Grande Irmão está de olho em você'! O TSE , com essa recentíssima decisão no caso do espetáculo Lollapalooza, ter-se-ia transformado em instrumento da vocação totalitária do 'Grande Irmão' ('Big Brother')? E passou, na novilíngua do Estado totalitário, a observar (e a respeitar) o lema autocrático 'Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força'? O poder totalitário do Estado é sempre um poder cruel e cínico, que proíbe o cidadão de pensar e de livremente expressar o seu pensamento e que o submete a um regime de opressão , interditando o dissenso, vedando o debate e impedindo a livre circulação de ideias !!!! Gravíssima a decisão do TSE ! Merece o repúdio dos que respeitam o regime democrático e a liberdade de manifestação do pensamento !".Liberdade sob ataque
Ao G1, o ministro Luiz Edson Fachin, presidente do TSE, informou que vai colocar o caso em pauta no Plenário imediatamente, assim que o relator liberar o recurso. À jornalista Ana Flor, ele acrescentou que "a posição do tribunal será a decisão majoritária da Corte, cujo histórico é o da defesa intransigente da liberdade de expressão".A decisão monocrática foi duramente criticada por especialistas, especialmente por contrariar um precedente claro do Supremo Tribunal Federal. Na Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.970, de outubro de 2021, o Plenário decidiu que os dispositivos que vetam showmícios (apresentações voltadas à promoção de candidatos) são constitucionais, mas que esse veto não impede que artistas manifestem suas opiniões políticas em apresentações próprias.
O item 3 do acórdão afirma especificamente que é "assegurado a todo cidadão manifestar seu apreço ou sua antipatia por qualquer candidato, garantia que, por óbvio, contempla os artistas que escolherem expressar, por meio de seu trabalho, um posicionamento político antes, durante ou depois do período eleitoral".
Em artigo publicado pela ConJur, José Maurício Linhares Barreto Neto também aponta que a decisão feriu uma resolução do próprio TSE, a 23.671/2021, que, em seu artigo 27, parágrafo 2º, determina que "manifestações de apoio ou crítica a partido político ou a candidata ou candidato ocorridas antes da data prevista no caput deste artigo, próprias do debate democrático, são regidas pela liberdade de manifestação".
Em relação às manifestações políticas feitas pela internet, o artigo 28, inciso IV, "b", parágrafo 6º, ainda acrescenta que "manifestação espontânea na internet de pessoas naturais em matéria político-eleitoral, mesmo que sob a forma de elogio ou crítica a candidata, candidato, partido político, federação ou coligação, não será considerada propaganda eleitoral".
O advogado Cristiano Zanin, responsável pela defesa do ex-presidente Lula, afirmou ao jornal digital Poder360 que a manifestação espontânea é resguardada pela liberdade de expressão. "A garantia constitucional da liberdade de expressão não pode ser colocada em risco e tampouco pode ser confundida com propaganda eleitoral antecipada, especialmente neste caso concreto, em que houve manifestação espontânea de artistas e do público. Esse entendimento, aliás, já foi reafirmado pelo STF no ano passado, no julgamento da ADI 5.970", afirmou o advogado.Já William Gabriel Waclawovsky, especialista em Direito Eleitoral, argumentou, também ao Poder360, que a decisão do ministro do TSE esbarra no acórdão do STF e "destoa da jurisprudência firmada tanto pelo STJ como pelo STF acerca da liberdade de expressão. A expectativa que temos é que a decisão seja reformada nas próximas horas, reafirmando o entendimento predominante dos Tribunais Superiores quanto à liberdade de expressão".De acordo com Fernando Neisser, presidente da Comissão de Direito Político e Eleitoral do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), "criticar um governante em exercício ou cantar o nome de um possível candidato não são atos de propaganda antecipada ilegal, pois não há pedido explícito de voto nem uso de meio proibido pela lei".
Neisser também critica a imposição da multa: "Mesmo com relação à organização do evento, não se pode exigir que sejam responsáveis por atos de terceiros".
Brasil 247
segunda-feira, 28 de março de 2022
domingo, 27 de março de 2022
Ministro que censurou o Lollapalooza negou retirada de outdoors pró-Bolsonaro
O ministro Raul Araújo, do TSE, negou uma liminar pedida pelo PT para a retirada de outdoors que faziam campanha do governo federal no Mato Grosso
27 de março de 2022
(Foto: Divulgação)
247 - O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que aceitou o pedido feito pelo partido de Jair Bolsonaro, o PL, para que sejam proibidas manifestações políticas durante o Lollapalooza, negou esse ano uma liminar pedida pelo PT para a retirada de outdoors que faziam campanha do governo federal no Mato Grosso.
Ele deu continuidade à representação por suposta campanha antecipada contra Bolsonaro, a Cooperativa dos Produtores Agropecuaristas do Paraíso e Região (Copper), o ministro da Cidadania, João Inácio Ribeiro Roma Neto, e a Outmix Locações e Treinamentos Ltda.
Brasil 247
Jornal francês mostra como os EUA usaram a "lava jato" para seus próprios fins
10 de abril de 2021
O que começou como a "maior operação contra a corrupção do mundo" e degenerou no "maior escândalo judicial do planeta" na verdade não passou de uma estratégia bem-sucedida dos Estados Unidos para minar a autonomia geopolítica brasileira e acabar com a ameaça representada pelo crescimento de empresas que colocariam em risco seus próprios interesses.
DivulgaçãoA "força-tarefa" da "lava jato" no Paraná: combate à corrupção ou peões dos EUA?
A história foi resgatada em uma reportagem do jornal francês Le Monde deste sábado (10/4), assinada por Nicolas Bourcier e Gaspard Estrada, diretor-executivo do Observatório Político da América Latina e do Caribe (Opalc) da universidade Sciences Po de Paris.
Tudo começou em 2007, durante o governo de George W. Bush. As autoridades norte-americanas estavam incomodadas pela falta de cooperação dos diplomatas brasileiros com seu programa de combate ao terrorismo. O Itamaraty, na época, não estava disposto a embarcar na histeria dos EUA com o assunto.
Para contornar o desinteresse oficial, a embaixada dos EUA no Brasil passou a investir na tentativa de criar um grupo de experts locais, simpáticos aos seus interesses e dispostos a aprender seus métodos, "sem parecer peões" num jogo, segundo constava em um telegrama do embaixador Clifford Sobel a que o Le Monde teve acesso.
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilSergio Moro aprendeu os métodos norte-americanos de defender os interesses norte-americanos fora dos EUA
Assim, naquele ano, Sergio Moro foi convidado a participar de um encontro, financiado pelo departamento de estado dos EUA, seu órgão de relações exteriores. O convite foi aceito. Na ocasião, fez contato com diversos representantes do FBI, do Departament of Justice (DOJ) e do próprio Departamento de Estado dos EUA (equivalente ao Itamaraty).
Para aproveitar a dianteira obtida, os EUA foram além e criaram um posto de "conselheiro jurídico" na embaixada brasileira, que ficou a cargo de Karine Moreno-Taxman, especialista em combate à lavagem de dinheiro e ao terrorismo.
Por meio do "projeto Pontes", os EUA garantiram a disseminação de seus métodos, que consistem na criação de grupos de trabalho anticorrupção, aplicação de sua doutrina jurídica (principalmente o sistema de recompensa para as delações), e o compartilhamento "informal" de informações sobre os processos, ou seja, fora dos canais oficiais. Qualquer semelhança com a "lava jato" não é mera coincidência.
Em 2009, dois anos depois, Moreno-Taxman foi convidada a falar na conferência anual dos agentes da Polícia Federal brasileira, em Fortaleza. Diante de mais de 500 profissionais, a norte-americana ensinou os brasileiros a fazer o que os EUA queriam: "Em casos de corrupção, é preciso ir atrás do 'rei' de maneira sistemática e constante, para derrubá-lo."
"Para que o Judiciário possa condenar alguém por corrupção, é preciso que o povo odeie essa pessoa", afirmou depois, sendo mais explícita. "A sociedade deve sentir que ele realmente abusou de seu cargo e exigir sua condenação", completou, para não deixar dúvidas.
O nome do então presidente Lula não foi citado nenhuma vez, mas, segundo os autores da reportagem, estava na cabeça de todos os presentes: na época, o escândalo do "Mensalão" ocupava os noticiários do país.
Semente plantada
O PT não viu o monstro que estava sendo criado, prosseguem os autores. As autoridades estrangeiras, com destaque para um grupo anticorrupção da OCDE, amplamente influenciado pelos EUA, começaram a pressionar o país por leis mais duras de combate à corrupção.
Nesse contexto, Moro foi nomeado, em 2012, para integrar o gabinete de Rosa Weber, recém indicada para o Supremo Tribunal Federal. Oriunda da Justiça do Trabalho, a ministra precisava de auxiliares com expertise criminal para auxiliá-la no julgamento. Moro, então, foi um dos responsáveis pelo polêmico voto defendendo "flexibilizar" a necessidade de provas em casos de corrupção.
"Nos delitos de poder, quanto maior o poder ostentado pelo criminoso, maior a facilidade de esconder o ilícito. Esquemas velados, distribuição de documentos, aliciamento de testemunhas. Disso decorre a maior elasticidade na admissão da prova de acusação", afirmou a ministra em seu voto.
O precedente foi levado ao pé da letra pelo juiz e pelos procuradores da "lava jato" anos depois, para acusar e condenar o ex-presidente Lula no caso do tríplex.
Em 2013, a pressão internacional fez efeito, e o Congresso brasileiro começou a votar a lei anticorrupção. Para não fazer feio diante da comunidade internacional, os parlamentares acabaram incorporando mecanismos previstos no Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), uma lei que permite que os EUA investiguem e punam fatos ocorridos em outros países. Para especialistas, ela é instrumento de exercício de poder econômico e político dos norte-americanos no mundo.
Em novembro daquele mesmo ano, o procurador geral adjunto do DOJ norte-americano, James Cole, anunciou que o chefe da unidade do FCPA viria imediatamente para o Brasil, com o intuito de "instruir procuradores brasileiros" sobre as aplicações do FCPA.
ReproduçãoSem apoio parlamentar e castigada pela opinião pública, Dilma Rousseff deu aval a medidas que acabariam com os planos do PT
A nova norma preocupou juristas já na época. O Le Monde cita uma nota de Jones Day prevendo que a lei anticorrupção traria efeitos deletérios para a Justiça brasileira. Ele destacou o caráter "imprevisível e contraditório" da lei e a ausência de procedimentos de controle. Segundo o documento, "qualquer membro do Ministério Público pode abrir uma investigação em função de suas próprias convicções, com reduzidas possibilidades de ser impedido por uma autoridade superior".
Dilma Rousseff, já presidente à época, preferiu não dar razões para mais críticas ao seu governo, que só aumentavam, e sancionou a lei, apesar dos alertas.
Em 29 de janeiro de 2014, a lei entrou em vigor. Em 17 de março, o procurador-geral da República da época, Rodrigo Janot, chancelou a criação da "força-tarefa" da "lava jato". Desde seu surgimento, o grupo atraiu a atenção da imprensa, narra o jornal. "A orquestração das prisões e o ritmo da atuação do Ministério Público e de Moro transformaram a operação em uma verdadeira novela político-judicial sem precedentes", afirmam Bourcier e Estrada.
Lição aprendida
No mesmo momento, a administração de Barack Obama nos EUA dava mostras de seu trabalho para ampliar a aplicação do FCPA e aumentar a jurisdição dos EUA no mundo. Leslie Caldwell, procuradora-adjunta do DOJ, afirmou em uma palestra em novembro de 2014: "A luta contra a corrupção estrangeira não é um serviço que nós prestamos à comunidade internacional, mas sim uma medida de fiscalização necessária para proteger nossos próprios interesses em questões de segurança nacional e o das nossas empresas, para que sejam competitivas globalmente."
O que mais preocupava os EUA era a autonomia da política externa brasileira e a ascensão do país como uma potência econômica e geopolítica regional na América do Sul e na África, para onde as empreiteiras brasileiras Odebrecht, Camargo Corrêa e OAS começavam a expandir seus negócios (impulsionadas pelo plano de criação dos "campeões nacionais" patrocinado pelo BNDES, banco estatal de fomento empresarial).
"Se acrescentarmos a isso as relações entre Obama e Lula, que se deterioravam, e um aparelho do PT que desconfiava do vizinho norte-americano, podemos dizer que tivemos muito trabalho para endireitar os rumos", afirmou ao Le Monde um ex-membro do DOJ encarregado da relação com os latino-americanos.
A tarefa ficou ainda mais difícil depois que Edward Snowden mostrou que a NSA (agência de segurança dos EUA) espionava a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras, o que esfriou ainda mais a relação entre Brasília e Washington.
Vários dispositivos de influência foram então ativados. Em 2015, os procuradores brasileiros, para dar mostras de boa vontade para com os norte-americanos, organizaram uma reunião secreta para colocá-los a par das investigações da "lava jato" no país.
Eles entregaram tudo o que os americanos precisavam para detonar os planos de autonomia geopolítica brasileiros, cobrando um preço vergonhoso: que parte do dinheiro recuperado pela aplicação do FCPA voltasse para o Brasil, especificamente para um fundo gerido pela própria "lava jato". Os americanos, obviamente, aceitaram a proposta.
Agência BrasilDilma empossa Lula como ministro da Casa Civil, antes da divulgação ilegal de grampo ilegal de telefonema entre os dois
A crise perfeita
Vendo seu apoio parlamentar derreter, em 2015 Dilma decidiu chamar Lula para compor seu governo, uma manobra derradeira para tentar salvar sua coalizão de governo, conforme classificou o jornal. Foi quando o escândalo explodiu: Moro autorizou a divulgação ilegal da interceptação ilegal de um telefonema entre Lula e Dilma, informando a Globo, no que veio a cimentar o clima político para a posterior deposição da presidente em um processo de impeachment. Moro, depois, pediu escusas pela série de ilegalidades, e o caso ficou por isso mesmo.
Os EUA estavam de olho nas turbulências. Leslie Backshies, chefe da unidade internacional do FBI e encarregada, a partir de 2014, de ajudar a "lava jato" no país, afirmou que "os agentes devem estar cientes de todas as ramificações políticas potenciais desses casos, de como casos de corrupção internacional podem ter efeitos importantes e influenciar as eleições e cenário econômico". "Além de conversas regulares de negócios, os supervisores do FBI se reúnem trimestralmente com os advogados do DoJ para revisar possíveis processos judiciais e
as possíveis consequências."
Assim, foi com conhecimento de causa que as autoridades norte-americanas celebraram acordo de "colaboração" com a Odebrecht, em 2016. O documento previa o reconhecimento de atos de corrupção não apenas no Brasil, mas em outros países nos quais a empresa tivesse negócios. Como a empreiteira relutava, os magistrados ordenaram ao Citibank, que administrava o dinheiro da empresa nos EUA, que desse um prazo de 30 dias para encerrar as contas da Odebrecht. Em caso de recusa do acordo, os valores depositados nessas contas seriam colocados em liquidação judicial, situação que excluiria o conglomerado do sistema financeiro internacional, levando, inevitavelmente, à falência. A Odebrecht aceitou a "colaboração".
A "lava jato" estava confiante de sua vantagem, apesar de ter ascendido sem a menor consideração pelas normas do Direito. "Quando Lula foi condenado por 'corrupção passiva e lavagem de dinheiro', em 12 de julho de 2017, poucos relatos jornalísticos explicaram que a condeação teve base em 'fatos indeterminados'", destacou o jornal.
Depois de condenar Lula e tirá-lo de jogo nas eleições de 2018, Sergio Moro colheu os louros de seu trabalho ao aceitar ser ministro da Justiça do novo presidente Jair Bolsonaro. Enquanto isso, os norte-americanos puderam se gabar de pôr fim aos esquemas de corrupção da Petrobras e da Odebrecht, junto com a capacidade de influência e projeção político-econômica brasileiras na América Latina e na África. Os procuradores da "lava jato" ficaram com o prêmio de administrar parte da multa imposta pelos EUA à Petrobras e à Odebrecht, na forma de fundações de Direito privado dirigida por eles próprios em parceria com a Transparência Internacional.
Conversão lucrativa
A recompensa que Sergio Moro escolheu para si também foi o início do fim de seu processo de canonização. Depois da eleição de Bolsonaro, veio à tona o escândalo da criação do fundo da Petrobras. O ministro Alexandre de Moraes frustrou os planos dos procuradores ao determinar a dissolução do fundo e direcionar o dinheiro para outras finalidades.
Em maio de 2019, o The Intercept Brasil começou a divulgar conversas de Telegram entre procuradores e Moro, hackeadas por Walter Delgatti e apreendidas pela Polícia Federal sob o comando do próprio Moro, enquanto ministro da Justiça. Elas mostram, entre outros escândalos, como Moro orientou os procuradores, e como estes últimos informaram os EUA e a Suíça sobre as investigações e combinaram a divisão do dinheiro.
Depois de pedir demissão do Ministério, Moro seguiu o mesmo caminho lucrativo de outros ex-agentes do DOJ e passou a trabalhar para o setor privado, valendo-se de seu conhecimento privilegiado sobre o sistema judiciário brasileiro em casos célebres para emitir consultorias, um posto normalmente bastante lucrativo. A Alvarez e Marsal, que o contratou, é administradora da recuperação judicial da Odebrecht.
Consultor Jurídico - Conjur
Ministério da Justiça russo enviará 40 toneladas de ajuda humanitária para Donbass
A entidade também enviou dois carregamentos de alimentos para esses territórios por meio do Centro de Defesa Nacional da Rússia
26 de março de 2022
(Foto: © REUTERS / Alexander Ermochenko)
(Sputnik) – O Ministério da Justiça russo entregará 40 toneladas de ajuda humanitária à população de Donetsk e Lugansk, informou o serviço de imprensa da agência.
"40 toneladas de ajuda humanitária à população de Donbass serão enviadas para Donetsk nos caminhões do Ministério de Emergências", disse o comunicado.
A entidade também enviou dois carregamentos de alimentos para esses territórios por meio do Centro de Defesa Nacional da Rússia.
O vice-ministro da Justiça russo, Alu Alkhanov, informou que o ministério implantou escritórios móveis em centros de recepção temporários para fornecer assistência jurídica gratuita aos refugiados.
A Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro em resposta aos pedidos de assistência de Donetsk e Lugansk, para impedir o "genocídio" cometido pelo regime de Kiev.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, os ataques militares não são dirigidos contra instalações civis, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra da Ucrânia.
Brasil 247
sábado, 26 de março de 2022
Deltan posta fake news contra Gilmar Mendes sobre Pix e diz que é brincadeira
Em discurso no evento do PCdoB em Niterói neste sábado (26), ex-presidente promete que, com ele na presidência, o povo brasileiro vai voltar a sorrir e ser feliz
26 de março de 2022
Lula com lideranças políticas no Festival Vermelho (Foto: Ricardo Stuckert)
Agenda do Poder - Em discurso na festa do centenário do PC do B, em Niterói, Lula reafirmou a convicção de que, com apoio do povo, vai vencer a eleição e o brasileiro vai voltar a sorrir e a ser feliz.
Prometeu recuperar a soberania nacional, abrasileirar os preços dos combustíveis e garantiu que, com ele no governo, não haverá privatização da Petrobrás, do BB, da Caixa e dos Correios.
Fez um apelo a que o eleitor se preocupe em eleger maioria progressista no Congresso, para garantir a governabilidade.
Lula disse que não tem raiva nem ressentimento dos que o perseguiram e o prenderam injustamente, mas acrescentou:
– Não me peçam para esquecer a putaria que fizeram comigo.
Eis algumas frases marcantes do pronunciamento de Lula:
“O filho de dona Lindu não tem raiva nem ressentimento. Mas não peçam para eu esquecer a putaria que fizeram comigo.
“Vamos abrasileirar o preço dos combustíveis.
“Não vamos permitir a privatização da Petrobras, dos Correios, do BB, da Caixa.
“Vamos recuperar a soberania do nosso país.
“Não será uma tarefa fácil. Temos que eleger maioria no Congresso.
“O primeiro ato que eu quero fazer é convocar os 27 governadores para debater um plano de recuperação deste pais, refazer um pacto federativo, respeitar prefeitos, respeitar governadores.
“Esse cara que está aí só se reúne com os milicianos dele.
“Ele diz que não há corrupção. Mas até agora o Queiroz não prestou depoimento. Ele criou sigilo de 100 anos pra investigação das rachadinhas, criou 100 anos de sigilo para os processos do filhos dele.
“Ah, mas este sigilo vai acabar!
“Me aconselharam a sair do Brasil, mas eu não fugi e hoje estou aqui de cabeça erguida, com a alma lavada.
“Estejam certos. Nós vamos recuperar este país.
“Me falam que o Bolsonaro está com medo de ser preso.
“Eu não vou julgar. Ele sabe o que fez. Mas tem um comportamento de psicopata. Diz sete mentiras por dia.
“Agora ele está está distribuindo dinheiro. Se ele oferecer dinheiro, peguem e depois votem em nós, pra gente ganhar a eleição.
“Mas tomem cuidado porque ele está fazendo um cadastro digital, está pegando os dados e telefones de toda a sociedade brasileira.
“Só que ele não vai conseguir enganar 213 milhões de brasileiros.
“Em 2022, levante às 7 da manhã, tome banho, penteie os cabelos e vá tirar o Bolsonaro da presidência.
“Assim, voltaremos a ser um país respeitado, a ter emprego, salário mínimo crescendo, aposentado sendo respeitado.
“O Lula que esta falando com vocês nao é o Lula paz e ódio, é o Lula paz e amor. É preciso governar o país com o coração, olhando pros humildes, pros que não tem trabalho, pros que nao têm oportunidade.
“Vou conversar com todo mundo. Banqueiros e empresários, vou conversar com vocês, mas não vou perder tempo, vou conversar mais com o povo trabalhador.
“A ciência diz que o cara que vai viver 120 anos já nasceu. Por que não eu?
“Nós vamos consertar este país.
“Eu vim do chão da fábrica, fiquei meses desempregado, acordava de madrugada pra tirar sujeira e água de dentro de casa, e segurar minha mãe no colo.
“Eu sei o que é a vida do povo.
“A vida do povo pobre é foda, gente. O povo sofre demais.
“O Brasil é o maior produtor de carne do mundo e o povo só pega osso e carcaça de frango no açougue.
“Firmo aqui um compromisso e uma profissão de fé.
“Tenho certeza de quer vai ser difícil, mas nós vamos ganhar e este povo vai ter direitos.
“Comunistas e não comunistas. companheiros de Niterói, essa cidade extraordinária.
“Vamos voltar, vamos chamar todos que têm competência, vamos trabalhar dia e noite pra fazer nosso povo voltar a sorrir.
“Nós temos o direito de ser felizes de novo.
“Com apoio do povo e do PC do B, estamos chegando.
“Até a vitória, se Deus quiser.”
Assista aqui à íntegra do discurso de Lula:
Brasil 247
Político dos EUA admite que país alimenta conflito na Ucrânia
Eliot Cohen diz que EUA fazem guerra por procuração e defende escalada do conflito
26 de março de 2022
(Foto: Reprodução)
247 - Eliot Cohen, que foi conselheiro de Condoleezza Rice entre 2007 e 2009, no Departamento de Estado da administração de George W. Bush, é conhecido como elemento da chamada "linha dura" entre os conservadores, tendo defendido a guerra contra o Irã e as agressões norte-americanas no Iraque e no Afeganistão.
Num artigo publicado dia 14 na revista The Atlantic, Cohen louva a administração liderada pelo atual presidente norte-americano, Joe Biden, pelo "trabalho admirável" que realizou até agora em diversas frentes, nomeadamente ao "vencer a guerra de informação, mobilizar os aliados da Otan e impor sanções incapacitantes (embora incompletas) à economia russa".E admite claramente que a Otan trava na Ucrânia uma "guerra por procuração", buscada pela Casa Branca. No entanto, critica a atual administração por não fazer o suficiente, defendendo que deve promover ainda mais a escalada do conflito.
Segundo refere o portal multipolarista.com, tendo por base informações divulgadas na imprensa dominante, a administração de Biden enviou para a Ucrânia mais de 17 mil armas anti-tanque, incluindo mísseis Javelin, e 2000 mísseis antiaéreos Stinger – alguns dos quais foram parar diretamente às forças neonazis do Batalhão Azov.
A mesma fonte indica que, após ter enviado para a Ucrânia, no final de fevereiro, armas no valor de 350 milhões de dólares, a Casa Branca aprovou um pacote de ajuda adicional no valor de 13,6 mil milhões de dólares, em março, incluindo 6,5 bilhões em apoio militar.
Para Eliot Cohen, isto não basta. "O fluxo de armas que entra na Ucrânia tem de ser uma inundação", escreveu em The Atlantic.
Brasil 247
quinta-feira, 24 de março de 2022
Homem faz ameaças e em seguida pratica tiros ao alvo: 'olha um petista passando' (vídeo)
O caso do homem fazendo ameaças a membros do PT aconteceu em Gravatal, no Sul de Santa Catarina
24 de março de 2022
(Foto: Reprodução (Twitter))
247 - Circula nas redes sociais, nesta quinta-feira (24), um vídeo em que um homem na cidade de Gravatal, no Sul de Santa Catarina, pratica tiros ao alvo e faz ameaças a membros do Partido dos Trabalhadores.
"Bora petezada de Gravatal... olha ali um petista passando...", disse ele, que em seguida começou a disparar tiros contra um alvo durante um treinamento.
Não foi o primeiro caso de ameaça com petistas esta semana. O vereador de Porto Alegre e policial civil Leonel Radde (PT-RS) foi ameaçado de morte por neonazistas, assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e o ativista do movimento negro Antonio Isupério.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), disse que o partido estuda medidas judiciais contra as ameaças de morte.
Brasil 247
Datafolha: Lula lidera com 43% e Bolsonaro tem 26%
A pesquisa aponta o ex-presidente líder em todos os cenários. Jair Bolsonaro registra leve recuperação
24 de março de 2022
Lula e Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Clauber Cleber Caetano/PR)
247 - Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 24, aponta o ex-presidente Lula liderando as intenções de voto, com 43%, seguido por Jair Bolsonaro, com 26%.
Lula é o líder em todos os cenários. No cenário 1, sem Eduardo Leite, Lula tem 43%, seguido por Bolsonaro, com 26%, Sergio Moro (8%), Ciro Gomes (6%), João Doria (2%), André Janones (2%), Vera Lúcia (1%), Simone Tebet (1%) e Felipe d'Avila (1%). A categoria brancos/nulos/nenhum soma 6%. 2% não souberam responder.
Nos outros três cenários, foram registradas mudanças apenas no andar abaixo dos quatro primeiros colocados.
A pesquisa não é diretamente comparável à pesquisa anterior, feita de 13 a 16 de dezembro, por aplicar cenários distintos, com outros nomes minoritários.
Naquela rodada, Lula oscilava de 47% a 48%, e Bolsonaro, de 21% a 22%, o que aponta para uma leve recuperação do chefe de governo.
A pesquisa foi feita com 2.556 eleitores em 181 cidades de todo o país, nesta terça (22) e quarta-feira (23). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.
Brasil 247
quarta-feira, 23 de março de 2022
Alckmin filia-se ao PSB para ser vice de Lula
O evento conta com a participação da presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann
23 de março de 2022
Carlos Siqueira e Geraldo Alckmin (Foto: Reprodução)
247 - Acontece na manhã desta quinta-feira (23) em Brasília, na Fundação João Mangabeira, o evento que marca a filiação do ex-governador Geraldo Alckmin ao PSB.
A filiação do ex-tucano ao novo partido tem por objetivo viabilizar sua candidatura a vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula (PT).
Em discurso na cerimônia, o presidente da sigla, Carlos Siqueira, falou em "alargar o espectro político" e criticou Jair Bolsonaro (PL): "figura nefasta". Sobre Alckmin, ele disse: "um homem que merece todo o respeito da nação".
Siqueira também lembrou que o evento marca a filiação de outros políticos, como o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, que disputará o governo local, e o senador Dário Berger, que deixa o MDB.
Brasil 247
"Juntos, PT e PSB fizeram história nesse país, e juntos farão novamente", diz Gleisi em evento de filiação de Alckmin
"Nunca foi tão necessário somar forças e mobilizar energias em defesa do nosso país", afirmou a presidente do PT no evento que marcou a filiação de Alckmin ao PSB
23 de março de 2022
Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)
247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), discursou na manhã desta quinta-feira (23) no evento que marcou a filiação do ex-governador Geraldo Alckmin ao PSB. Alckmin deve ser candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula (PT).
"É um ato muito importante e relevante para o país", definiu a parlamentar.
"Esse ato de filiação tem imenso significado para o futuro do Brasil. Nunca foi tão necessário somar forças e mobilizar energias em defesa do nosso país. PT e PSB têm uma trajetória comum na luta pela democracia e na construção de um país melhor e mais justo. Nós estivemos juntos no governo, na oposição, na defesa da democracia, na defesa do direito dos trabalhadores e trabalhadoras e da soberania nacional. Juntos, fizemos história nesse país, e juntos vamos fazer história novamente em torno da candidatura do ex-presidente Lula, que manda um abraço afetuoso a todos e todas do PSB", falou Gleisi.
Brasil 247
O verdadeiro herói é Delgatti, que merece uma marcha em sua homenagem, diz Glenn Greenwald
Jornalista lembrou que o hacker de Araraquara está preso por expor a corrupção da República de Curitiba
23 de março de 2022
247 – O jornalista Glenn Greenwald, protagonista da Vaza Jato, que expôs a corrupção dos personagens da chamada República de Curitiba, afirmou, ontem, que o verdadeiro herói de toda essa história se chama Walter Delgatti, o hacker de Araraquara, que obteve provas contra Deltan Dallagnol e seus colegas.
Brasil 247
Grupo Prerrogativas diz que “STJ faz Dallagnoll pagar pelos seus erros”
Publicado por Alessandro Fernandes
22 de março de 2022
Grupo afirmou que Dallagnol “pagará” por ações contra o ex-presidente Lula. Foto: Reprodução
O Grupo Prerrogativas, crítico da forma em que Operação Lava Jato foi conduzida, divulgou uma nota pública em que comenta a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em cobrar R$ 75 mil de indenização do ex-procurador Deltan Dallagnol para o ex-presidente Lula no caso envolvendo PowerPoint.
O grupo disse que esta terça (22) “ficará marcada como o dia em que o Procurador Deltan Dallagnol foi condenado a – literalmente – pagar por parte de seus erros na Lava Jato.”
A decisão foi quase unânime, já quatro dos cinco juízes votaram favoravelmente ao ex-presidente, que apontou as acusações infundadas inseridas na apresentação de slides no ano de 2016, enquanto uma foi contrária. O petista passou cerca de 580 dias preso devido às alegações, que foram anuladas pelo STF.
“Trata-se de um julgamento que, para além da condenação pecuniária, simboliza a resposta, ao menos em parte, a uma grande injustiça”, acrescentam os advogados.
Assunto movimentou as redes sociai e grupo Prerrogativas diz que decisão “lava a alma”
O assunto gerou memes e repercutiu no Twitter após a decisão do STJ. Dallagnol agora tem que lidar com o pagamento ao ex-presidente.
Além da vitória, o Grupo Prerrogativas diz que “ainda que se diga que ‘justiça tardia não é justiça’, e que nenhum dinheiro do mundo paga o sofrimento de alguém quando objeto de uma injustiça, trata-se de decisão que lava a alma e a honra do ex-presidente.”
Veja a nota na íntegra
STJ faz Dallagnoll pagar pelos seus erros.
O dia 22 de março de 2022 ficará marcado como o dia em que o Procurador Deltan Dallagnol foi condenado a – literalmente – pagar por parte de seus erros na Lava Jato. Por 4 votos a 1, o Superior Tribunal de Justiça deu razão a Lula. Sim, o “famoso” PowerPoint era criminoso. Mentiroso.
Trata-se de um julgamento que, para além da condenação pecuniária, simboliza a resposta, ao menos em parte, a uma grande injustiça.
Lula soma, agora, não apenas a reparação da justiça no plano do direito criminal, no qual – em todos os processos – ficou comprovado que é inocente, como também na esfera cível, com a condenação de Deltan Dallagnol.
Ainda que se diga que “justiça tardia não é justiça”, e que nenhum dinheiro do mundo paga o sofrimento de alguém quando objeto de uma injustiça, trata-se de decisão que lava a alma e a honra do ex-presidente.
Cumprimentos aos competentes advogados de Lula. E a todos aqueles que acreditaram, desde o inicio, que Lula era inocente.
A decisão deveria ser colocada em um PowerPoint e ter a mesma divulgação que o criminoso PowerPoint original teve em todos os veículos de comunicação.
Por isso, mais do que a condenação que fez com que Dallagnol pagasse por suas ações criminosas, estamos diante de uma decisão simbólica.
Porque, ao obrigar Dallagnol a indenizar um inocente, o sistema de justiça dá um importante recado a todos os agentes públicos que abusam de seu poder e desrespeitam os direitos dos cidadãos.
Diário do Centro do Mundo - DCM
Assinar:
Postagens (Atom)