Jornal da família Marinho apoiou o golpe de estado de 2016, que trouxe os combustíveis mais caros da história, e agora quer acelerar a venda de refinarias
19 de março de 2022
Para O Globo, Petrobras deve ser tratada como lixo
247 – O jornal O Globo, que defendeu o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que teve como objetivo central fazer com que os brasileiros pagassem muito mais caro pela gasolina, pelo diesel e pelo gás de cozinha, de modo a favorecer os acionistas privados da Petrobrás, hoje defende, em editorial, a venda das refinarias da empresa – o que tornaria a energia ainda mais cara no Brasil e garantiria um subdesenvolvimento eterno ao País.
"Há um elefante atrapalhando a discussão a respeito do preço dos combustíveis, que a classe política teima em não querer enxergar: o domínio da Petrobras sobre o mercado de refino no Brasil. Mesmo que, desde 1997, a estatal legalmente não detenha mais o monopólio, na prática a concorrência não chegou ao setor. Das 17 refinarias que produzem combustível no país, quatro são privadas, mas elas respondem por apenas 1,3% do petróleo processado, segundo o último anuário da Agência Nacional do Petróleo. O resto é controlado pela Petrobras, cuja política de preços determina o valor cobrado na bomba", escreve o editorial do jornal da família Marinho. "Para que isso se torne realidade, é preciso mais que o presidente Jair Bolsonaro se dizer disposto a privatizar a Petrobras amanhã. A classe política tem de entender que a melhor forma de impor limites aos poderes da estatal sobre os preços é criar um mercado competitivo para valer."
O jornal dos Marinho, que sempre combateu a Petrobrás e a independência energética do Brasil, ignora que as refinarias privadas cobram mais caro e que todos os especialistas sérios em energia, como o professor Gilberto Bercovici, da Universidade de São Paulo, apontam que a política de preços da Petrobrás, imposta aos brasileiros após o golpe de estado de 2016 apoiado pelo Globo, trouxe fome, miséria e desemprego.
Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário