segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

De novo a história de uma briga com Palocci - Por José Dirceu


Uma reportagem grande, em O Globo desse domingo, retrata-me como alguém que pretende usar uma suposta força no PT para ocupar espaços no governo. Nesta matéria, minhas análises sobre a situação econômica do país, todas publicadas na imprensa e neste blog, são apresentadas como críticas à política econômica.

Pior, inventam uma suposta disputa entre eu e o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, que já desmenti antes, porque simplesmente não existe. Minhas divergências com ele não me impedem de reconhecer sua mais absoluta qualificação, experiência e capacidade para exercer o cargo que já ocupei e que a Presidenta Dilma Rousseff ocupou.

Não tenho grupo político no PT. Sou membro fundador da Articulação dos 113 e sempre fui membro da maioria, seja a Unidade e Luta, seja o Campo Majoritário e, agora, a Construindo um Novo Brasil. Discuto na direção do PT, no partido, as questões sobre participação no governo. Sou membro do Diretório Nacional petista e, nessa condição, freqüento e participo de suas reuniões.

Na defesa de minhas posições, ajo sempre de peito aberto

Não fiz e não faço nenhuma pressão por cargos e nomeações, e jamais usaria qualquer tipo de liderança no PT para pressionar o governo - o próprio é testemunha disso. Não me comporto da forma dita pelo jornal, mas sim, de peito aberto e publicamente nas reuniões da direção do partido e neste blog.

Já que não sou deputado, não me envolvi diretamente na disputa da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, nem na escolha do candidato do PT para presidí-la, deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

Tive o mesmo comportamento na escolha para a presidência da Câmara dos Deputados e para a liderança do governo na Casa, sem deixar de expressar, no entanto, minha posição favorável às candidaturas dos deputados João Paulo Cunha e Cândido Vaccarezza (PT-SP) pelas razões que exponho no blog hoje (Leia Destaque no alto deste diário).

Quem escolheu Vaccarezza como líder do governo foi o próprio governo e não o PT. A escolha de São Paulo, a opção pelo nome do Vaccarezza foi da bancada. Melhor, houve acordo, como deve ser sempre que possível, num partido como o PT.

Blog do Zé Dirceu

Nenhum comentário:

Postar um comentário