Já registrei aqui casos de morte, e vários outros de recrutas que ficam feridos e/ou internados em hospitais - o último caso tratava de internação de 12 soldados - em decorrência de treinamento a que são submetidos nos quartéis das Forças Armadas.
Hoje, com tristeza, tenho mais um caso a registrar. Daiana Pereira Fernandes, aluna do curso de 3º sargento morreu após passar mal no campo de Gericinó, na Vila Militar, subúrbio do Rio. "Entregamos nossa sobrinha viva e saudável, e a recebemos morta", disse à imprensa Lúcia Monteiro, tia da aluna.
Segundo ela sua sobrinha vinha se queixando do treinamento no Exército. De acordo com Lúcia, Daiana passou mal na 2ª feira (31.01), após um treinamento, e foi levada para um hospital. “À noite, ela foi liberada. Mais tarde, de madrugada, teve a 1ª parada cardíaca, e foi levada para o Hospital Central do Exército (HCE)”, contou.
Exército diz que exercícios não são difíceis
Ao longo do treinamento, lembra a tia, as unhas dos pés de Daiana ficaram roxas, e ela reclamava da carga de exercícios físicos. “Nós perguntamos ao pessoal do Exército: ‘Por que ela morreu? Por que não foi colocada em observação depois de ter passado mal?’ Ninguém nos respondeu nada", queixa-se Lúcia.
O Comando Militar do Leste (CML), em nota, confirmou a morte da jovem e informou ter aberto procedimento administrativo para apurar as circustâncias do ocorrido. Mas, antecipou que “a intensidade dos exercícios realizados não apresentava nenhuma dificuldade, nem demandava esforços físicos exagerados para a sua realização, haja vista que todos os demais estagiários concluíram o exercício, sem apresentar qualquer problema físico ou de saúde”.
Com a palavra, agora, o ministro da Defesa, Nelson Jobim e o Comandante do Exército, General Enzo Martins Peri.
Blog do Zé Dirceu
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