Como já está se tornando praxe entre a gente neste diário, em muitas 6ª feiras eu publico e converso com vocês sobre uma série de boas notícias no front econômico. Uma das melhores, hoje, é a divulgação desta pesquisa do SEBRAE/Fundação SEADE-SP, segundo a qual as micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo fecharam 2010 com uma receita de R$ 305,8 bi, um aumento real, já descontada a inflação, de 9,6% em relação a 2009.
O SEBRAE atribui a expansão a dois fatores: evolução do consumo interno, impulsionado pela expansão do emprego e da renda, e a fraca base de comparação de 2009, quando a economia brasileira ainda sofria o impacto da crise econômico-financeira internacional. A pesquisa engloba 1.326.354 micro e pequenas empresas do Estado - 11% da indústria, 57% do comércio e 32% de serviços.
A segunda boa notícia vem da área de trabalho formal. Apesar das medidas para desaquecer a economia, o emprego na indústria paulista iniciou o ano em alta. De acordo com os dados divulgados pela FIESP, a indústria abriu 15.500 vagas em janeiro, uma ampliação de 4,88% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
2011 começa com emprego em alta em São Paulo
Em janeiro, dos 22 setores pesquisados pela FIESP, 15 tiveram desempenho positivo, 5 mais demitiram do que contrataram e 2 ficaram estáveis. O setor com maior saldo de contratação no mês passado, com relação a dezembro/2010, foi o de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,5%), seguido por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,9%).
Evidentemente que, um pouco em decorrência natural das duas notícias anterioresi, o Fundo de Garatia por Tempo de Serviço (FGTS) fechou 2010 com arrecadação recorde. De acordo com o balanço divulgado pela Caixa Econômica Federal (a CEF, gestora do FGTS) os depósitos no Fundo superaram as retiradas em R$ 11,9 bi. O valor representa um crescimento de 72,46% sobre o recorde anterior, de R$ 6,9 bi, verificado em 2009.
São realmente excelentes notícias que vêm se juntar a outra, a quarta boa notícia de que atingimos a marca recorde de US$ 300 bi de reservas externas. Alcançamos esse patamar mantendo uma dívida liquida de 40% do PIB, um superávit compatível com essa dívida, seguindo um esforço fiscal e adotando medidas de contração do crédito.
O montante de reservas externas, mais estas providências (e resultados) que adotamos no plano interno - bem como as voltadas para o câmbio - dão ao país condições de continuar a crescer investindo, criando empregos e aumentando a renda, apoiado no nosso mercado interno e no empreendedorismo da micro e pequena empresa.
Blog do Zé Dirceu
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