segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Um alerta sobre remessas feitas pelas multis


“As remessas das filiais automotivas para os debilitados caixas de suas matrizes atingiram a expressiva soma de US$ 4 bi, em 2010, o que representou um valor quase dez vezes maior do que os investimentos externos realizados por essas filiais no mesmo período (US$ 450 milhões)."

Quem me chamou a atenção para o texto acima, em e-mail que me enviou, foi o amigo Emir Sader. É parte de um artigo de autoria dos professores Fernando Sarti e Célio Hiratuka, professores do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (UNICAMP), publicado na mais recente edição da revista Carta Capital (a de nº 633).

Os autores lembram, ainda, que, com esta situação "repete-se o movimento já observado durante e após a crise. Se considerarmos o período 2008-2010, as remessas de lucros e dividendos das empresas automotivas totalizaram US$ 12,4 bi ante investimentos externos de apenas US$ 3,6 bi, o que significa um saldo líquido negativo de US$ 8,8 bi, em que pese o excelente desempenho das vendas e da produção na economia brasileira”.

Como faço deste blog um espaço amplamente democrático e adotei já uma praxe, a de publicar aqui muitas posições com as quais nem concordo, devo antecipar que o artigo dos dois professores é crítico quanto à políticas de renúncia fiscal e aos financiamentos concedidos pelo BNDES - melhor dizendo, quanto ao montante concedido pelo nosso banco de fomento à indústria automobilística.

Até por isso, e para discutir questões como esta com uma visão mais embasada e crítica do assunto, vale a pena ler a íntegra do artigo dos professores Fernando Sarti e Célio Hiratuka na última edição da Carta Capital - www.cartacapital.com.br.

Blog do Zé Dirceu

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