terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Crítica injusta, explicação pouco convincente
Vamos ver a resposta do governo, mas de antemão, não tem razão de ser e são injustas as declarações do presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, ao defender "completa e imediata paralisação" do início das obras da usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), até que sejam, na avaliação dele, cumpridas todas as condicionantes para a execução do projeto.
O presidente nacional da OAB, há muito na oposição, faz declarações equivocadas já que a concessão de licenças parciais para o começo das obras de Belo Monte não tem nada a ver com as compensações que, independentemente da licença parcial ou total, são exigidas e vão ser cumpridas.
Elas são uma imposição legal e fazem parte do termo de ajuste de conduta (TAC) que levou ao licenciamento da obra.
Pouco convincentes
Julgo pouco convincentes, também, as explicações do Ministério de Minas e Energia (MME) para o blecaute que atingiu 8 Estados do Nordeste (exceção do Maranhão, ligado ao linhão da região Norte) na noite de 5ª feira-madrugada da 6ª passadas.
O MME atribuiu o blecaute a defeito em um cartão de proteção da subestação de Luiz Gonzaga (PE) da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF). A causa apontada pelo Ministério deveria, no mínimo, vir acompanhada das explicações sobre os motivos que levaram o cartão emitiu um falso alarme que desligou todo sistema de energia elétrica do Nordeste.
O problema na rede de transmissão e distribuição de energia praticamente em todo o Nordeste, insisto, não tem nada a ver com o apagão do governo tucano, quando houve falta de energia por falta de planejamento e investimentos. Aquele apagão, sim, foi produto da política de privatização do governo FHC e de erros na política de gestão e administração do setor durante o tucanato.
Com FHC sistema estava quebrado
Durante o governo Lula o sistema elétrico brasileiro, sob o comando da então ministra Dilma Roussef, foi reestruturado. Estava quebrado, sem investimentos, sem regulação e sem um sistema de preços condizente com a realidade. Os investimentos voltaram, a regulação foi restabelecida e o mercado voltou a funcionar.
Nada menos que 5 mil megawatts são acescentandos a nosso potencial todo ano, além de pelo menos 4 mil km de linhas de transmissão, fora a construção das grandes hidrelétricas de Santo Antonio, Jirau e Belo Monte. O problema agora é de manutenção e gestão da transmissão e distribuição. É preciso reavaliar todo o sistema e checar, principalmente, sua manutenção.
Blog do Zé Dirceu
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