quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Entrada de dólares no país em janeiro foi a maior desde junho de 2007


BRASÍLIA - A entrada líquida de dólares no país chegou a US$ 15,513 bilhões em janeiro, o maior desde junho de 2007, quando houve superávit de US$ 16,561 bilhões. O desempenho também foi maior do que o de setembro passado, que registrou entradas líquidas de US$ 13,726 bilhões com a capitalização da Petrobras, que movimentou cerca de R$ 120 bilhões. No mês passado, o salto ocorreu sobretudo no último dia, quando a diferença entre entrada e saída de dólares no país foi de US$ 3,141 bilhões, informou o Banco Central nesta quarta-feira.

Agora, o mercado deu uma trégua. Nos primeiros quatro dias de fevereiro, o fluxo cambial registrava superávit de apenas US$ 39 milhões, influenciado pela conta financeira, por onde passam os investimentos estrangeiros diretos e em portfólio. Neste período, ela registrava saldo negativo de US$ 118 milhões, com compras de US$ 4,685 bilhões e vendas de US$ 4,803 bilhões.

Em janeiro, os investidores trouxeram para o país US$ 14,435 bilhões líquidos e, agora, parecem estar sentindo os efeitos das ações do BC para evitar mais valorizações cambiais, com fortes compras nos leilões de moeda americana nos mercados à vista e a termo. Tanto é que, entre os dias 1º e 4 passados, as intervenções da autoridade monetária engordaram as reservas internacionais em US$ 2,836 bilhões, quase 36% do volume total feito em janeiro todo (US$ 7,992 bilhões).

O BC informou ainda que a posição vendida dos bancos -quando apostam numa alta do real frente ao dólar - recuou de US$ 16,784 bilhões para US$ 11,018 bilhões em janeiro. Os bancos estão se adequando aos novos e menores limites de posição vendida impostos pelo BC.

A conta comercial, nos primeiros quatro dias de fevereiro, registrava superávit de US$ 157 milhões, com exportações de US$ 2,758 bilhões e importações de US$ 2,601 bilhões.

O Globo

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