De certa forma o Brasil, a fala de seus representantes e do ex-presidente Lula, está ditando os rumos dos debates na 11ª edição do Fórum Social Mundial (FSM) que este ano se realiza em Dacar, no Senegal. O ex-presidente não integra a delegação oficial do governo brasileiro, mas participou do início do encontro na África.
O fato é registrado na coluna "Toda Mídia" (sobre a própria) do Nelson de Sá, na Folha de S.Paulo de hoje. O colunista alinha algumas notícias e análises veiculadas na (rádio e agência e notícias) Voz da América, no grupo de notícias Eurásia, e no jornal Christian Science Monitor nessa linha da influência do Brasil e de seu ex-presidente no encontro.
A Voz da América, por exemplo, deu foto do ex-presidente Lula com a justificativa de que ele "estabeleceu um exemplo que outros estão seguindo" e completa: "a América Latina está impulsionando relações com a África"; o analista da Eurasia acentua que o Brasil "lidera o ataque" - como ele chama a presença internacional na África - ao levar grandes oportunidades para os países daquele continente.
Já o "Christian Science Monitor" fala de "um novo alinhamento" estratégico regional na África, também relacionando-o à influência brasileira. O ex-presidente Lula pautou sua presença no FSM pela cobrança da responsabilidade dos países ricos em assumirem seu papel no combate à fome, e criticou a falta de empenho efetivo deles neste sentido.
Também defendeu a mobilização popular no Norte da África - onde rebeliões populares derrubaram uma ditadura na Tunísia e ameaçam outra, no Egito - e a luta pela democracia. O ex-presidente participou da fase inicial do Fórum (que vai até o próximo dia 16) e volta ao Brasil para ser homenageado amanhã, no aniversário do PT, e reassumir a presidência de honra do partido.
Blog do Zé Dirceu
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