quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Crime se combate com ações conjugadas
O ótimo entrosamento entre os governos federal e estadual fluminense deu bons frutos. A determinação do presidente Lula ao Ministério da Justiça para auxiliar o governador Sérgio Cabral a superar a onda de violência vivida pelo Rio - arrastões, tiroteios, queima de veículos particulares e ataques a unidades policiais - é um dos caminhos para contornar a grave e preocupante situação.
O governador pediu reforço no policiamento rodoviário federal e o presidente orientou que sejam deslocados policiais de outros Estados para atuação no Rio. Não é tudo, no entanto, nem chega a ser a solução completa para o problema. Ela não virá, insisto, enquanto não se atacar e eliminar o poder que o crime organizado detém nos presídios.
Não só nos do Rio, mas em todo o país. Conforme destaquei ontem (leia mais), com maior força, inclusive, em São Paulo onde a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) desde 2006 afronta periodicamente o governo do Estado da mesma forma que os comandos criminosos vêm fazendo no Rio.
O papel das UPPs
O poder do crime organizado a partir dos grandes presídios tornou-se um problema nacional da maior dimensão. Enquanto ele não for dobrado e esse ponto de estrangulamento não for equacionado, a luta contra a violência e o narcotráfico fica capenga e deixa aberta uma via para a organização e o comando destas ações desencadeadas a partir das grandes penitenciárias.
Além da ajuda, agora, do governo federal, o Rio já vem percorrendo um caminho que pode dar resultados: a experiência das Unidade de Polícia Pacificadora (UPPs). Elas têm mostrado eficiência na conquista das comunidades, no desalojamento do crime organizado que nelas imperava e ao lado de outras providências podem ajudar o Rio a deixar para trás esta triste fase.
O combate ao crime organizado dará resultado sempre que desencadeado em conjunto com ações sociais, políticas como as de crescimento do emprego e renda, acesso ao mercado de trabalho, educação, lazer e esporte, saneamento, habitação digna e melhores transportes públicos - vejam, tudo o que já está contemplado e em execução pelos PACs 1 e 2. É o melhor caminho para a superação final desta situação que, repito, converteu-se num dos maiores problemas do país.
Blog do Zé Dirceu
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