quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Governo do Rio transfere presos acusados de ordenar ataques


Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O governo do estado transferiu oito presidiários do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas (foto), no Paraná. Eles são acusados de lideraram a onda de violência no Rio de Janeiro que deixou 22 mortos desde o último domingo.

Os presos estariam coordenando, de dentro da penitenciária, as ações de roubo e queima de veículos desde o último domingo (21), em vários pontos da região metropolitana do Rio.

Os presos transferidos são: Antônio Jorge Gonçalves dos Santos, conhecido como “Tony Senhor das Armas”; Cláudio Henrique Mendes dos Santos, o “Dr. Santos”; Marcelo Tavares da Silva, o “Abóbora”; Márcio Aurélio Martinez Martelo, conhecido como “Bolado”; Maury Alves Ribeiro Filho; Roberto Célio Lopes, o “Robertinho de Vigário”, Wanderson da Silva Brito, o “Paquito”; e William Rodrigues Vieira, o “Robocop”.

Eles foram levados de helicóptero até a Base Aérea do Galeão, onde seguiram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o Paraná.

A Polícia Militar (PM) informou, agora à noite, que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) permanecerá na Vila Cruzeiro, no complexo de favelas do Alemão, no bairro da Penha, por tempo indeterminado.

“Era esperado que houvesse uma resistência. Não seria de um dia para o outro que as coisas iriam se resolver, mas nós vamos ficar o tempo que for necessário com a máxima capacidade possível e, ainda temos, se for preciso aumentar a capacidade de policiamento”, disse o porta-voz da PM, coronel Lima Castro.

As ações do crime organizado continuam em vários pontos da região metropolitana do Rio. Agora à noite, uma van de transporte de passageiros, foi incendiada na Avenida Dom Hélder Câmara, perto da favela do Jacarezinho, na zona norte da cidade.


No Jardim América, também na zona norte, uma cabine da PM foi alvejada por tiros de fuzil. Ninguém saiu ferido na ação.

Na avenida Juscelino Kubitschek, em Mesquita, na Baixada Fluminense, um ônibus foi incendiado por homens armados, depois de mandarem os passageiros descerem do coletivo.

O coronel Lima Castro disse que 1.625 viaturas fazem o patrulhamento, além de 190 motocicletas. Ele confirmou que amanhã (25) mais 60 viaturas circularão na região metropolitana. E que haverá um aumento de policiamento também nos bairros da Tijuca e do Méier, na zona norte da cidade.

No terceiro balanço parcial das operações divulgado agora à noite, a PM informou que aumentou para 14 o número de mortos hoje nas ações da corporação contra o crime organizado. De domingo (21) até agora morreram 22 pessoas.

Agência Brasil

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