segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Retirada da Eletrobras não reduz superávit primário do ponto de vista quantitativo, diz Arno
Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou hoje (22) que a decisão do governo de retirar a Eletrobras da meta de superávit primário (economia que o país faz para pagar os juros da dívida) não traz mudança do ponto de vista quantitativo. Segundo ele, a redução na meta de 3,3% para 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) se deu porque era atribuído, no cálculo, o percentual de 0,2% para a Eletrobras. Como a estatal será retirada da conta, a meta cai para 3,1%.
“Os 3,3% são iguais aos 3,1%. Apenas, era considerado o 0,2% da Eletrobras. Como [o percentual da] Eletrobras não vai ser computado, ele está sendo retirado. Não há mudança de [superávit] primário. Apenas houve uma mudança de metologia do que é considerado o primário”, disse.
O secretário enfatizou que a metodologia é parecida com a adotada no caso da Petrobras – em que o governo retirou a estatal de petróleo do cálculo do superávit primário. “[Na época] nós retiramos o 0,5% que era atribuído a ela [Petrobras] e agora nós retiramos o que era atribuído à Eletrobras”, disse.
Augustin afirmou ainda que a Eletrobras hoje tem uma governança melhor e resolveu questões com dividendos antigos. Por isso, segundo ele, só agora o governo decidiu retirar a empresa do cálculo do superávit primário.
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