quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sem acordo, Petrobras anuncia que não vai mais explorar petróleo no Equador


Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil

São Paulo - Sem chegar a um acordo satisfatório com o governo equatoriano, a Petrobras decidiu hoje (24) que deixará de explorar petróleo no Equador. A estatal brasileira, contudo, continuará atuando no país vizinho, onde sua subsidiária argentina, a Petrobras Argentina, tem participação societária em um oleoduto.

Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a empresa agora irá discutir o valor que tem a receber a título de indenização pelos investimentos já realizados no país. Gabrielli não soube informar o valor, que, segundo ele, ficará a cargo de uma auditoria externa estabelecer.

A estatal brasileira atua no Equador desde 2001, por meio de sua subsidiária, que detém 30% de participação na Sociedade Ecuador TLC, detentora do contrato de exploração do Bloco 18 e do Campo Unificado Palo Azul, ambos na Bacia Oriente do Equador. De acordo com Gabrielli, contratualmente, a Petrobras Argentina tem o direito de produzir 2,4 mil barris diários de petróleo, o que representa apenas 3% da produção total da subsidiária.

Como proposto a outras companhias petrolíferas estrangeiras que atuam no país, o governo equatoriano queria que a Petrobras aceitasse que os contratos de exploração dos dois blocos fossem substituídos por contratos de prestação de serviço. Com isso, as companhias deixariam de receber uma parcela dos lucros obtidos com a venda do óleo e passariam a receber uma taxa de produção.

"A Petrobras não é uma empresa prestadora de serviços. Ela é produtora de petróleo e as condições econômicas do contrato de serviços não nos servem", afirmou Gabrielli, ao explicar o motivo pelo qual a Petrobras Argentina não aceitou a mudança.

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