quinta-feira, 7 de abril de 2011
Aparelhamento: MG tem mais de 13 mil em cargos de confiança
Em seu discurso de estréia como novo líder, de fato, da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) - leiam análises acima e na sequência abaixo - retomou o discurso saudosista tucano do sucesso das privatizações, do plano real, da lei de responsabilidade fiscal. Até o PROER, aquele programa tucano de socorro a bancos quebrados, ele citou.
Não deixou de mencionar, também, o aparelhamento do Estado. Lembrou até o recente caso da Vale (substituição de dirigente). A propósito: levantamento trazido pelo jornal O Globo, hoje, infoma que Aécio Neves, quando governador (2003-2010), aumentou em 30,9% o número de funcionários públicos no Estado e que o total de nomeados em cargos de confiança em Minas em suas duas administrações chegou a 13.069 mil.
Aécio sugere, também, que o governo federal passe em concessão estradas federais aos governos estaduais. Não entendi. Isso foi feito no Rio Grande do Sul e a contemporânea dele e correligionária tucana no governo daquele Estado, a governadora Yeda Crusius, foi até a justiça para devolvê-las ao governo federal.
De propaganda Aécio Neves entende
Na visão do ex-governador de Minas tudo o que é feito pelo governo federal não passa de propaganda. Disso ele entende. Seu governo controla toda a mídia de Minas, que jamais pode dar um pio crítico a ele, sob pena de demissões - sabe aquele estilo de ligar para redações pedindo cabeças?
Para Aécio, o país está gastando demais, se desindustrializando e tem alta carga tributária. Por fim, ele vê ameaças à democracia. Com o candidato tucano derrotado a presidente da República, no ano passado, na platéia (plenário do Senado), o mineiro não deixou de lembrar o Manifesto pela Democracia de apoio a José Serra naquela campanha eleitoral, lembrando até alguns de seus signatários.
Só não lembrou que aquela campanha foi uma das mais obscurantistas da história das disputas presidenciais em eleições diretas, com o lado tucano explorando até questões de princípio, foro íntimo e o sentimento religioso de nosso povo.
A conclusão de Aécio é que o país vive na inércia. Como 1ª proposta para sair dela, sugeriu a redução de impostos, mas não disse nada sobre a reforma do ICMS parada no Congresso pela oposição dele e de José Serra. Depois, passou a elogiar seus adversários no tucanato - José Serra, presente para ouvir seu discurso, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Blog do Zé Dirceu
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