Governo descarta metástase e informa que a presidente da Argentina será submetida a uma cirurgia no próximo dia 4 de janeiro e permanecerá em licença médica até o dia 24
BUENOS AIRES - Após a realização de exames de rotina, realizados no último dia 22, médicos detectaram um câncer na glândula tireoide da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. O carcinoma papilar na glândula tireoide é localizado e não compromete os gânglios linfáticos, informou o porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro. O porta-voz também descartou metástase. A presidente terá de ser submetida a uma cirurgia no próximo dia 4 de janeiro e permanecerá em licença médica até o dia 24 do mesmo mês.
Neste período, a presidência será ocupada pelo vice-presidente, Amado Boudou. Este é o quinto caso de câncer em presidentes da América Latina, a mesma doença já acometeu os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, Fernando Lugo, do Paraguai, e Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, do Brasil.
Baixas no governo argentino
Ainda nesta terça-feira, o cônsul adjunto da Argentina na Bolívia, Antonio Deimundo Escobal, foi encontrado morto em Yacuiba, extremo sul boliviano, fronteira com a província argentina de Salta.
A morte foi confirmada pelo Ministério de Relações Exteriores da Argentina. "As autoridades do Estado Plurinacional da Bolívia iniciaram todos os procedimentos legais necessários diante desta lamentável circunstância", disse uma nota do ministério.
De acordo com a chancelaria, as autoridades de ambos os países estão tomando as providências para repatriar o corpo do diplomata, que foi encontrado pela polícia boliviana por volta das 10 horas da manhã, em um dormitório no terceiro andar do edifício onde funciona o consulado.
Versões da imprensa atribuídas à polícia da Bolívia, indicam que a morte por enforcamento teria ocorrido há dois ou três dias. Escobal havia assumido o cargo há uma semana. Yacuíba é um povoado de 80 mil habitantes e possui um intenso trânsito de pessoas e de mercadorias com a Argentina.
Esta é a segunda morte em sete dias no novo governo de Cristina Kirchner, que renovou seu mandato no dia 10 de dezembro. Na semana passada, em Montevidéu, funcionários de um hotel cinco estrelas, onde se hospedava a delegação argentina, encontraram o corpo do subsecretário de Comércio, Iván Heyn, de 34 anos, que participava da reunião de Cúpula do Mercosul.
O corpo do economista foi encontrado nu e enforcado com o próprio cinto, pendurado no armário. Em um primeiro momento, a informação oficial indicava que Heyn teria se suicidado, mas as investigações da polícia uruguaia analisam a hipótese de morte acidental pela prática de asfixia erótica, que consiste em provocar a própria asfixia ou a do parceiro durante a relação sexual como forma de potencializar o orgasmo. As investigações ainda não foram concluídas.
(Com informações da Reuters)
O Estado de São Paulo
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