quinta-feira, 24 de julho de 2014

Israel pratica “genocídio” em Gaza, diz Garcia



Assessor da presidente Dilma Rousseff em assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia classifica como "genocídio" e "massacre" os ataques de Israel contra os palestinos, que já deixaram 700 mortos do lado de Gaza e 35 do lado dos israelenses; "O que nós estamos assistindo no Oriente Médio, pelo amor de Deus, é um genocídio, é um massacre", afirmou; Garcia diz também que ONU está enfraquecida; em nota, Itamaraty considerou "inaceitável" a escalada de violência entre Israel e Palestina; nesta quinta-feira, disparos israelenses contra uma escola da ONU na Faixa de Gaza deixaram nove palestinos mortos, incluindo uma criança de um ano

24 de Julho de 2014 às 09:46




247 - O chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, classificou como "genocídio" os ataques de Israel contra Gaza, conflito que, segundo a Organização das Nações Unidas, já deixou 700 palestinos mortos nos últimos 15 dias, contra 35 israelenses, de acordo com números atualizados.

Nesta quinta-feira 24, disparos israelenses deixaram mortos nove palestinos, sendo uma criança de um ano, em uma escola da ONU em Beit Hanoun, norte da Faixa de Gaza, onde vários palestinos estavam refugiados. A contagem é de um fotógrafo da agência de notícias AFP.

Questionado se o Brasil não está sendo incoerente ao condenar os ataques de Israel e apoio dos Estados Unidos às forças israelenses, mas não o governo russo de Vladimir Putin em relação à região da Crimeia e Ucrânia, e se isso também não enfraqueceria a ONU, Garcia afirma que as Nações Unidas estão enfraquecidas por outras razões, essa seria apenas uma delas.

"Nós temos tido uma conduta prudente tanto no espaço do Meio Oriente quanto no espaço ucraniano. Nós temos feito saber aos governos da Rússia e aos governos do Oriente Médio a nossa posição sobre como resolver esses conflitos. Agora o que nós estamos assistindo no Oriente Médio, pelo amor de Deus, é um genocídio, é um massacre", afirmou.

Para Garcia, que assessora a presidente Dilma Rousseff em assuntos internacionais, o Brasil não deve defender uma intervenção da ONU na região. "Se nós fizéssemos essa opção, não passaria pelo Conselho de Segurança e nós respeitamos o conselho", afirmou, em entrevista ao SBT nesta quarta-feira 23.

Para ele, a Organização das Nações Unidas está enfraquecida porque falta representatividade nos seus órgãos de decisão. Assista aqui à entrevista concedida ao jornalista Kennedy Alencar e leia, abaixo, a nota emitida ontem pelo Itamaraty considerando "inaceitável" a escalada de violência entre Israel e Palestina.

Conflito entre Israel e Palestina


23/07/2014

O Governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças.

O Governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes.

Diante da gravidade da situação, o Governo brasileiro votou favoravelmente a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema, adotada no dia de hoje.

Além disso, o Embaixador do Brasil em Tel Aviv foi chamado a Brasília para consultas.
 
 
 
Brasil 247

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