"O que é que justifica essa hipótese do tarifaço? Significa a determinação em criar expectativa negativa no momento pré-eleitoral", disse a presidente Dilma Rousseff durtante evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI); ela acusou os que levantam essa ideia de tentar criar pessimismo para prejudicar a economia; Dilma também afirmou que a "profecia" de que haveria racionamento de energia não se concretizou e que não se concretizará
31 de Julho de 2014 às 05:42
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff negou nesta quarta-feira que realizará um "tarifaço" no setor de energia caso seja reeleita em outubro e acusou os que levantam essa hipótese de tentar criar pessimismo para prejudicar a economia
"O que é que justifica essa hipótese do tarifaço? Significa a determinação em criar expectativa negativa no momento pré-eleitoral", disse a presidente durtante evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"Esse tarifaço é mais um movimento no sentido de instaurar o pessimismo, expectativas negativas, comprometendo o crescimento do país."
Os dois principais adversários de Dilma na eleição de outubro --Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB)-- têm afirmado que haveria um aumento significativo nas tarifas de energia elétrica após as eleições, o que foi negado nesta quarta-feira pela presiente.
Tanto Aécio, quanto Campos, também discursaram a empresários na CNI nesta quarta.
Dilma também afirmou que a "profecia" de que haveria racionamento de energia não se concretizou e que não se concretizará.
REGULAÇÃO NA TELEFONIA
A presidente respondeu também perguntas de empresários sobre vários assuntos e em uma de suas respostas disse que é "inexorável" uma discussão do governo federal com as empresas de telecomunicações sobre o modelo regulatório do setor de telefonia. Segundo a presidente, o modelo atual é baseado na telefonia fixa, contrariando tendência da indústria voltada cada vez mais para serviços móveis.
"Eu acho que essa é uma discussão que vai ocorrer no Brasil logo após o processo eleitoral", disse Dilma, dando como exemplo a atual obrigatoriedade das concessionárias de telefonia em instalar telefones públicos nas cidades do país.
A presidente disse ainda que o governo vai priorizar a expansão da banda larga e a universalização do acesso à Internet.
Ela disse ter como meta para um eventual próximo governo criar condições que permitam oferta de velocidades maiores de acesso à Internet à população. "Eu luto por uma Internet que tenha condições de chegar ao padrão da Coreia do Sul de 50 mega", disse a presidente.
(Por Nestor Rabello e Jeferson Ribeiro)
Brasil 247
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