Coordenação jurídica da campanha da presidente Dilma Rousseff decidiu que irá entrar nesta terça-feira com uma representação por improbidade administrativa no Ministério Público de Minas Gerais contra o candidato do PSDB, Aécio Neves; ação se deve a denúncia publicada pela Folha de S. Paulo neste domingo de que o tucano, quando governador de Minas, construiu um aeroporto com recursos públicos em terras que pertenceram à sua família; presidente do PT, Rui Falcão, disse ontem que o senador "usou o governo de Minas Gerais como extensão de suas propriedades"; senador atribuiu a reportagem ao "período eleitoral"; Anac vai investigar pousos e decolagens em área ainda sem autorização para ser usada
21 de Julho de 2014 às 18:17
247 – O comitê da campanha da presidente Dilma Rousseff decidiu, na tarde desta segunda-feira 21, entrar com uma representação por improbidade administrativa no Ministério Público de Minas Gerais contra o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves.
A ação, que deve ser apresentada nesta terça-feira, tem como base denúncia da Folha de S. Paulo publicada neste domingo acusando Aécio de ter construído, no segundo mandato de seu governo em Minas, um aeroporto com quase R$ 14 milhões de recursos públicos em uma propriedade que pertencia ao seu tio, no município de Cláudio (leia mais).
Nesta segunda-feira, durante visita ao Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Grande Belo Horizonte, o presidenciável minimizou a denúncia, atribuindo-a ao "período eleitoral" (leia aqui). "Não podemos aceitar é que em razão da proximidade eleitoral se deturpe fatos", disse o tucano.
Ontem, o presidente do PT e membro do comitê presidencial de Dilma, Rui Falcão, acusou Aécio Neves de "usar o governo de Minas Gerais como extensão de suas propriedades" e de não distinguir o "público do privado". Aécio publicou respostas à reportagem pelas redes sociais (leia mais).
Anac vai investigar pousos e decolagens em aeródromo
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) vai investigar se há registro de pousos e decolagens no aeródromo construído durante o governo de Aécio na cidade de Claúdio. Isso porque, de acordo com a agência, não há autorização para o uso da estrutura, uma vez que a pista ainda não foi liberada pelo órgão de fiscalização.
De acordo com a reportagem da Folha, o aeródromo foi construído em um terreno que já pertenceu a Múcio Guimarães Tolentino, tio-avô de Aécio e ex-prefeito do município de Cláudio. A matéria traz relato de um primo que afirma que Aécio usa o aeroporto toda vez que visita a cidade.
A Anac deu dez dias para o governo de Minas e a prefeitura se pronunciarem sobre o caso e investigará se houve operações clandestinas no local.
Brasil 247
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