seg, 14/07/2014 - 17:41
Percival Maricato
Os EUA estão proibindo os voos de algumas dezenas de caças F 35, comprados ao preço de US$ 112 milhões cada. A medida coloca em risco todo o projeto do avião, que envolve um plano já aprovado no Pentágono: comprar 2.443 deles, ao preço total de US$ 399 bilhões. Não se trata de engano, é 2.443 aviões e é US$ 399 bilhões. Da para imaginar o barulho se o Irã tivesse como comprar 50 deles de um outro país. Não constam desses números as despesas operacionais, coisa de um trilhão.
Os caças já adquiridos o foram antes de testes definitivos. Mas como se consegue isto nos EUA? Ao que tem sido divulgado, a Lockheed, ao conseguir o contrato junto ao Governo Federal e Congresso, contratou dezenas de empresas para fazerem algo no avião, na maioria dos estados. E então como um político poderia se opor ou denunciar? Centenas de bilhões de dólares compra tudo.
O custo do complexo político-militar americano continua explosivo. O país mantém centenas de bases no exterior,centenas de milhares de soldados, armas sofisticadíssimas, faz uma guerra a cada dois ou três anos.
Se os EUA gastasse metade do orçamento militar anual para subsidiar educação, saúde e alimentos pelo mundo, ainda continuaria, longe, o país mais forte e certamente bilhões de terráqueos rezariam por ele em vez de ameaçá-lo. Os palestinos, inclusive. O mundo seria outro. Mas essa possibilidade, aparentemente tão racional e razoável, não existe. Há interesses, muitos, para que tudo siga no mesmo rumo.
O país mais poderoso do planeta segue a lógica dos impérios. Faz o que fizeram as cidades estados da Suméria, Babilônia e Assíria, o Egito, China, Grécia (Atenas) Pérsia, Macedônia, Roma, os hunos, os mongóis, a Rússia, a Espanha, a França, a Inglaterra, o Japão e tantos outros países que conseguiram maior poder em determinada época e constituíram impérios. Desde o começo dos tempos, os impérios, sempre dominados por elites (religiosas, econômicas ou militares) crescem, dominam, depois decaem, sem exceção, mas não mudam o jeito de funcionar.
A grande diferença é que os americanos detém um poder destrutivo como nunca houve. Será o suficiente para parar a história? Implodirá como a URSS? Se democratizará e mudará a rotina dos impérios? Que poderá acontecer se para evitar a queda resolver usar seu arsenal de armas químicas, nucleares, biológicas e convencionais ?
Percival Maricato
Percival Maricato
Os EUA estão proibindo os voos de algumas dezenas de caças F 35, comprados ao preço de US$ 112 milhões cada. A medida coloca em risco todo o projeto do avião, que envolve um plano já aprovado no Pentágono: comprar 2.443 deles, ao preço total de US$ 399 bilhões. Não se trata de engano, é 2.443 aviões e é US$ 399 bilhões. Da para imaginar o barulho se o Irã tivesse como comprar 50 deles de um outro país. Não constam desses números as despesas operacionais, coisa de um trilhão.
Os caças já adquiridos o foram antes de testes definitivos. Mas como se consegue isto nos EUA? Ao que tem sido divulgado, a Lockheed, ao conseguir o contrato junto ao Governo Federal e Congresso, contratou dezenas de empresas para fazerem algo no avião, na maioria dos estados. E então como um político poderia se opor ou denunciar? Centenas de bilhões de dólares compra tudo.
O custo do complexo político-militar americano continua explosivo. O país mantém centenas de bases no exterior,centenas de milhares de soldados, armas sofisticadíssimas, faz uma guerra a cada dois ou três anos.
Se os EUA gastasse metade do orçamento militar anual para subsidiar educação, saúde e alimentos pelo mundo, ainda continuaria, longe, o país mais forte e certamente bilhões de terráqueos rezariam por ele em vez de ameaçá-lo. Os palestinos, inclusive. O mundo seria outro. Mas essa possibilidade, aparentemente tão racional e razoável, não existe. Há interesses, muitos, para que tudo siga no mesmo rumo.
O país mais poderoso do planeta segue a lógica dos impérios. Faz o que fizeram as cidades estados da Suméria, Babilônia e Assíria, o Egito, China, Grécia (Atenas) Pérsia, Macedônia, Roma, os hunos, os mongóis, a Rússia, a Espanha, a França, a Inglaterra, o Japão e tantos outros países que conseguiram maior poder em determinada época e constituíram impérios. Desde o começo dos tempos, os impérios, sempre dominados por elites (religiosas, econômicas ou militares) crescem, dominam, depois decaem, sem exceção, mas não mudam o jeito de funcionar.
A grande diferença é que os americanos detém um poder destrutivo como nunca houve. Será o suficiente para parar a história? Implodirá como a URSS? Se democratizará e mudará a rotina dos impérios? Que poderá acontecer se para evitar a queda resolver usar seu arsenal de armas químicas, nucleares, biológicas e convencionais ?
Percival Maricato
Blog do Luis Nassif
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