sábado, 12 de julho de 2014

Dilma atribui as vaias na Copa à "elite branca"





"Quem compareceu aos estádios, não podemos deixar de considerar, foi dominantemente quem tinha poder aquisitivo para pagar o preço dos ingressos, dominantemente uma elite branca. Em alguns casos, devia ter 90%, em outros 80% ou 75%, mas era dominantemente elite branca", disse ela, em entrevista concedida ontem à noite à jornalista Renata Lo Prete, da Globonews; Dilma afirmou ainda que seu governo fica marcado pelo maior ciclo de investimentos em infraestrutura dos últimos anos e disse que a Copa foi uma grande vitória do País contra os pessimistas

12 de Julho de 2014 às 06:58



247 - A presidente Dilma Rousseff concedeu ontem à noite uma importante entrevista à jornalista Renata Lo Prete, da Globonews. Nela, falou sobre as vaias que recebeu na abertura da Copa, na Arena Corinthians, e as atribuiu à chamada "elite branca".

"Quem compareceu aos estádios, não podemos deixar de considerar, foi dominantemente quem tinha poder aquisitivo para pagar o preço dos ingressos, dominantemente uma elite branca. Em alguns casos, devia ter 90%, em outros 80% ou 75%, mas era dominantemente elite branca", disse ela, durante o programa.

Sobre a Copa, ela afirmou ainda que o evento representou uma vitória contra o pessimismo. "Nós passamos, desde o inicio do ano, escutando que o Brasil era incapaz de fazer uma Copa do Mundo, de garantir a infraestrutura e a segurança. E o que vimos é que o Brasil fez estádios, infraestrutura e construiu uma politica federativa de segurança", disse.

Dilma comentou ainda a derrota de 7 a 1 do Brasil contra a Alemanha. Diz ter sofrido uma "dor imensa" e defendeu reformas no futebol. "Não acho que é possível que, em um país com essa quantidade de talentos no futebol, craques saiam cedo deste país e não contribuam para criar uma cultura nova. Nós temos de fazer o que a Alemanha fez depois que perdeu a Eurocopa: uma reforma no futebol. Dar condições semelhantes aos técnicos brasileiros que as dadas em países europeus", disse.

Infraestrutura

Sobre seu governo, ela afirmou que a marca principal dos últimos quatro anos é a quantidade de investimentos em infraestrutura. "A característica principal desses quatro anos é o fato de que nunca se investiu tanto no Brasil em infraestrutura como investimos agora."

Ela também combateu o pessimismo dos analistas econômicos e atribuiu o baixo crescimento à conjuntura internacional. "Eu acho terrível no Brasil que alguém possa supor que possamos ter um padrão de crescimento econômico como em outros momentos do país", afirmou. Sobre sua política econômica, diz que ela foi capaz de amortecer os efeitos dessa mesma crise, preservando os baixos índices de desemprego.

Dilma também questionada sobre corrupção e defendeu o PT. "É certo que nenhum partido está acima de qualquer suspeita. O PT compareceu com muitos avanços para a democracia no país. Agora, o PT também tem de apurar e não podemos compactuar com isso. O que serve para o PT tem de servir para todos os partidos. Mas não se pode considerar o PT como quem criou a corrupção no país", disse.

Ela também fez uma menção ao caso do ex-governador José Roberto Arruda, que poderá concorrer no Distrito Federal, mesmo tendo sido condenado em segunda instância. "Não é possível que haja uma situação que uma pessoa tem ficha limpa e a outra tem ficha suja e, apenas um dia de diferença, permita a ela também concorrer. Nós temos de mudar radicalmente as condições e as práticas eleitorais. O Brasil precisa fazer um plebiscito", disse. 
 
 
Brasil 247

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