14 de julho de 2014 | 13:35 Autor: Fernando Brito
O blog de Paulo Moreira Leite, na Istoé, puxa o tapete de qualquer oportunista que queira metaforizar o resultado – o esportivo, claro – da Copa com a eleição presidencial.
É que Dilma, procurando fazer graça, disse que era melhor o “padrão Felipão” que o “padrão Fifa”.
Antes que a tucanada se anime, Moreira Leite recolheu um artigo de Aécio Neves, na Folha, desancando a presidente por ter dito isso de Felipão que, claro, era o máximo, enquanto nosso governo era menos que o mínimo.
E se derrama para o técnico agora “maldito” pela imprensa.
Um ode ao Felipão que, por não ter a coragem de tomar ele próprio a iniciativa de se reconhecer responsável por um resultado pífio, acabou demitido pela Globo, que é quem toma as decisões pela CBF.
Veja um trecho do que Aécio escreveu:
“A presidente Dilma Rousseff cometeu enorme injustiça com o técnico Luiz Felipe Scolari ao dizer que seu governo tem um “padrão Felipão”. Foi uma comparação infeliz, já que em nada os “times” se assemelham. A primeira grande diferença é que Felipão convocaria os melhores, e não os mais próximos ou os mais amigos.
Por tudo que os brasileiros conhecem dele, sabem que não toleraria qualquer tipo de privilégio. Transparente como é, seria intransigente com os desvios, a má conduta e a corrupção. Corajoso, jamais jogaria só para a torcida, evitando decisões às vezes difíceis e impopulares, mas necessárias.
Onde o treinador está a sua liderança se estabelece naturalmente pelo respeito e competência. Suas firmes convicções nunca o impediram de aceitar críticas e reconhecer erros quando eles ocorrem.”
(…)
“Se introduzido como paradigma para administração pública, o padrão Felipão mudaria importantes prioridades do governo. Logo de início, certamente armaria uma defesa intransponível contra a inflação.
Seus volantes marcariam a corrupção sob pressão. A articulação do meio-campo se daria sob o regime de alta transparência e solidariedade de esforços. No ataque, a criatividade e o talento brasileiros ganhariam espaço e estímulo para aplicar goleadas nos nossos verdadeiros inimigos –a desigualdade, a ignorância, a violência, a injustiça e o baixo crescimento.
Com um padrão Felipão correríamos dez vezes mais, de forma organizada, perseguindo objetivos claros. A leniência estaria fadada ao banco de reservas, a incompetência levaria cartão vermelho assim que entrasse em campo, e o improviso não provocaria vaias nos estádios lotados.”
Ah, bom….
Será que Aécio vai desdizer tudo o que disse? Embora esteja havendo um “descarte” que a sua história no futebol não merece, Scolari facilitou o desprezo que que tratam a quem serviu e “não serve mais”.
O blog de Paulo Moreira Leite, na Istoé, puxa o tapete de qualquer oportunista que queira metaforizar o resultado – o esportivo, claro – da Copa com a eleição presidencial.
É que Dilma, procurando fazer graça, disse que era melhor o “padrão Felipão” que o “padrão Fifa”.
Antes que a tucanada se anime, Moreira Leite recolheu um artigo de Aécio Neves, na Folha, desancando a presidente por ter dito isso de Felipão que, claro, era o máximo, enquanto nosso governo era menos que o mínimo.
E se derrama para o técnico agora “maldito” pela imprensa.
Um ode ao Felipão que, por não ter a coragem de tomar ele próprio a iniciativa de se reconhecer responsável por um resultado pífio, acabou demitido pela Globo, que é quem toma as decisões pela CBF.
Veja um trecho do que Aécio escreveu:
“A presidente Dilma Rousseff cometeu enorme injustiça com o técnico Luiz Felipe Scolari ao dizer que seu governo tem um “padrão Felipão”. Foi uma comparação infeliz, já que em nada os “times” se assemelham. A primeira grande diferença é que Felipão convocaria os melhores, e não os mais próximos ou os mais amigos.
Por tudo que os brasileiros conhecem dele, sabem que não toleraria qualquer tipo de privilégio. Transparente como é, seria intransigente com os desvios, a má conduta e a corrupção. Corajoso, jamais jogaria só para a torcida, evitando decisões às vezes difíceis e impopulares, mas necessárias.
Onde o treinador está a sua liderança se estabelece naturalmente pelo respeito e competência. Suas firmes convicções nunca o impediram de aceitar críticas e reconhecer erros quando eles ocorrem.”
(…)
“Se introduzido como paradigma para administração pública, o padrão Felipão mudaria importantes prioridades do governo. Logo de início, certamente armaria uma defesa intransponível contra a inflação.
Seus volantes marcariam a corrupção sob pressão. A articulação do meio-campo se daria sob o regime de alta transparência e solidariedade de esforços. No ataque, a criatividade e o talento brasileiros ganhariam espaço e estímulo para aplicar goleadas nos nossos verdadeiros inimigos –a desigualdade, a ignorância, a violência, a injustiça e o baixo crescimento.
Com um padrão Felipão correríamos dez vezes mais, de forma organizada, perseguindo objetivos claros. A leniência estaria fadada ao banco de reservas, a incompetência levaria cartão vermelho assim que entrasse em campo, e o improviso não provocaria vaias nos estádios lotados.”
Ah, bom….
Será que Aécio vai desdizer tudo o que disse? Embora esteja havendo um “descarte” que a sua história no futebol não merece, Scolari facilitou o desprezo que que tratam a quem serviu e “não serve mais”.
Tijolaço
Nenhum comentário:
Postar um comentário