Após abertura de pregão em queda, refletindo pessimismo do mercado com pesquisas Datafolha e Ibope, que serão divulgadas hoje, Ibovespa acentua perdas nesta tarde para 4,65%; ações da Petrobras despencam 8%; expectativa por bom desempenho da presidente Dilma Rousseff frente a senador Aécio Neves nas pesquisas faz especulação descer gangorra das ações; avaliação de empate ou vitória de Dilma no debate da Bandeirantes, ontem, diante de Aécio acentua mau humor; donos do dinheiro preocupados com PSDB e PT
15 de Outubro de 2014 às 10:30
247 – O mercado financeiro começou o dia em forte deslize, de 2,15%, em razão da expectativa de investidores e especuladores sobre as pesquisas eleitorais a serem divulgadas hoje: Datafolha e Ibope. E involuiu, antes mesmo da primeira hora de pregão, para perda no índice Bovespa de 3,5%.
Como o índice Bovespa baixou, isso significa que o chamado mercado teme um bom desempenho da presidente Dilma Rousseff, do PT, sobre o senador Aécio Neves, do PSDB. A ação da Petrobras é a que mais está sendo penalizada, com queda de 4,06%.
Outras duas do chamado kit eleição – influenciadas diretamente pelas projeções eleitorais – também tiveram perdas pesadas: Cemig, - 2,60%, e Itaú, -2,56%.
Contribui para o mau humor o desempenho de Dilma no debate da Rede Bandeirantes, ontem, quando, para a maioria dos analistas, houve um empate, no geral, com Aécio, mas com momentos de vantagem para a presidente.
Abaixo, notícia do portal Infomoney, parceiro de 247:
Ibovespa cai mais de 4% com piora do cenário externo e espera de pesquisas
Por Ricardo Bomfim
SÃO PAULO - O Ibovespa tem forte queda nesta quarta-feira (15) com queda das bolas europeias e norte-americanas influenciando o Ibovespa, que ainda espera novas pesquisas eleitorais dos dois maiores institutos brasileiros, o Ibope e o Datafolha. A falta de novidades no cenário eleitoral faz com que exterior tenha um peso maior no movimento da Bolsa hoje. Às 14h32 (horário de Brasília), o índice caía 4,85% a 55.202 pontos, com destaque para as ações das estatais.
Nos EUA, as bolsas têm queda forte por medo de que economia global tenha piorado depois de indicadores mostrarem que os preços ao produtor nos EUA caírem 0,1%; a primeira queda em mais de um ano. Além disso, as vendas do varejo na maior economia do mundo também caíram mais do que o esperado, uma queda de 0,3%, quando as previsões do mercado eram de 0,1%. O Dow Jones caiu 2% logo após a abertura com a divulgação desses dados ruins.
Na Europa, os índices repercutiam a fraqueza na recuperação dos EUA, com uma queda generalizada de mais de 1%.
Eleições
Nesta quarta-feira (15) será divulgada uma nova pesquisa eleitoral do Ibope para o segundo turno durante o Jornal Nacional, segundo a assessoria do próprio instituto. Há expectativas também para uma possível divulgação de pesquisa do Datafolha. Os dois institutos são vistos mais de perto pelo mercado, que não repercutiu muito o resultado do Vox Populi, depois de sua pesquisa mostrar um "empate técnico" entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), na segunda-feira. Vale ressaltar ainda a repercussão do debate entre os presidenciáveis na Rede Bandeirantes.
Sem novos números de pesquisa eleitoral e com um quadro externo mais desfavorável, a tendência é de baixa para hoje, destaca a Guide Investimentos, com o tom de cautela tendendo a prevalecer.
Destaques
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) caem 4,85% e 5,44% respectivamente, mesmo com o noticiário corporativo positivo. Com a queda dos preços do petróleo no mercado internacional, a gasolina internamente está 1% mais cara que os preços internacionais, o que deve ser benéfico aos caixas da estatal. Além disso, o governo brasileiro manteve a indicação de que irá reajustar o preço da gasolina ainda este ano, mesmo diante do fim da defasagem entre os preços praticados no exterior e no mercado local. As ações da estatal chegaram a cair mais de 6% no início do pregão.
Outro destaque é a CIELO (CIEL3), cujas ações caíram 6,32% no pregão de ontem, e caem mais 2,79% hoje em meio a notícias de que o nadador César Cielo estaria processando a empresa pelo uso indevido do seu nome na marca. De acordo com matéria do jornal O Globo, a juíza Márcia Maria Nunes de Barros deu à empresa apenas 6 meses para se desfazer do nome em todo o território nacional - caso isto não seja cumprido, a multa é de R$ 50 mil por dia. A companhia também é pressionada por rumor de que o Banco Central pode reduzir o prazo de compensação financeira para os lojistas nas compras com cartões.
O noticiário em torno da compra da TIM (TIMP3) pela Oi (OIBR4) também está no radar, com declarações do presidente da da Telecom Italia, Marcos Patuano, que sinalizou ao mercado que a TIM Brasil, controlada pelo grupo, não está à venda, mas confirmando que irá considerar a possibilidade de venda dependendo do preço. "Temos uma ideia de criação de valor para o nosso grupo ao ficar no Brasil. Se alguém quer convencer a Telecom Itália a fazer o contrário, isso vai ter um preço".
Brasil 247
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