28 de outubro de 2014 | 08:33 Autor: Fernando Brito
Curiosíssima a arrogância do mercado hoje, na Folha, exigindo uma guinada na política econômica do Governo com a reeleição de Dilma Rousseff.
A democracia, para eles, funciona assim: não importa quem o eleja, o Governo do país deve obedecer-nos.
Pois, senhores, tirem o cavalinho da chuva.
É óbvio que Dilma vai buscar o diálogo até, provavelmente, nomeando para o Ministério da Fazenda alguém com origem no mercado e que, por isso, facilite e distensione a interlocução do governo.
Mas quem nomeia é ela, não o “mercado” e é por isso que, ontem, ela negou-se a dar pistas sobre uma decisão que, a esta altura, provavelmente já está tomada.
Este é, provavelmente, o primeiro “teste de fidelidade” de seu novo Ministro da Fazenda: a discrição com que se move e faz consultas.
É bom que o “mercado” lembre: foi Dilma e não ele quem ganhou as eleições.
E como Aécio já se apresentou guarnecido por seu “xerife da Fazenda”, Armínio Fraga, o eleitor brasileiro rejeitou uma política econômica recessiva, lesiva ao emprego e ao salário.
Simples e democrático assim, pois não?
Dilma, uma mineira agauchada, certamente se lembra da frase de Pinheiro Machado ao cocheiro, no Império: “vá, mas nem tão depressa que pareça fugga, nem tão devagar que pareça afronta”.
Aliás, o resto é marola e jogada para enganar trouxas, como os que saíram se desfazendo de ações ontem no “terremoto” da Bolsa que deu xabu e terminou o dia amansando, como amansará hoje. Os espertos compraram, levantando as mãos para o céu, Petrobras a R$ 14, o que é quase bilhete premiado de loteria. Vão ganhar mais que o tal diretor Paulo Roberto Costa.
Siga a Bolsa, hoje, e veja só.
Os índices de preços, embora ainda possam revelar números maiores pelo período acumulado, vão começar a acusar quedas, seja por causa do reinício das chuvas, seja porque a “animação inflacionária” do período eleitoral ficou para trás.
A palavra de ordem no Governo, agora, é “muita calma nessa hora”.
Lembrar, sem arroubos autoritários, que foi a situação – e sua política desenvolvimentista – quem ganhou a eleição.
E lembrar-se, como disse ontem a Presidenta Dilma, que o povo sinalizou claramente que quer mudanças nela.
Mas para melhor.
Curiosíssima a arrogância do mercado hoje, na Folha, exigindo uma guinada na política econômica do Governo com a reeleição de Dilma Rousseff.
A democracia, para eles, funciona assim: não importa quem o eleja, o Governo do país deve obedecer-nos.
Pois, senhores, tirem o cavalinho da chuva.
É óbvio que Dilma vai buscar o diálogo até, provavelmente, nomeando para o Ministério da Fazenda alguém com origem no mercado e que, por isso, facilite e distensione a interlocução do governo.
Mas quem nomeia é ela, não o “mercado” e é por isso que, ontem, ela negou-se a dar pistas sobre uma decisão que, a esta altura, provavelmente já está tomada.
Este é, provavelmente, o primeiro “teste de fidelidade” de seu novo Ministro da Fazenda: a discrição com que se move e faz consultas.
É bom que o “mercado” lembre: foi Dilma e não ele quem ganhou as eleições.
E como Aécio já se apresentou guarnecido por seu “xerife da Fazenda”, Armínio Fraga, o eleitor brasileiro rejeitou uma política econômica recessiva, lesiva ao emprego e ao salário.
Simples e democrático assim, pois não?
Dilma, uma mineira agauchada, certamente se lembra da frase de Pinheiro Machado ao cocheiro, no Império: “vá, mas nem tão depressa que pareça fugga, nem tão devagar que pareça afronta”.
Aliás, o resto é marola e jogada para enganar trouxas, como os que saíram se desfazendo de ações ontem no “terremoto” da Bolsa que deu xabu e terminou o dia amansando, como amansará hoje. Os espertos compraram, levantando as mãos para o céu, Petrobras a R$ 14, o que é quase bilhete premiado de loteria. Vão ganhar mais que o tal diretor Paulo Roberto Costa.
Siga a Bolsa, hoje, e veja só.
Os índices de preços, embora ainda possam revelar números maiores pelo período acumulado, vão começar a acusar quedas, seja por causa do reinício das chuvas, seja porque a “animação inflacionária” do período eleitoral ficou para trás.
A palavra de ordem no Governo, agora, é “muita calma nessa hora”.
Lembrar, sem arroubos autoritários, que foi a situação – e sua política desenvolvimentista – quem ganhou a eleição.
E lembrar-se, como disse ontem a Presidenta Dilma, que o povo sinalizou claramente que quer mudanças nela.
Mas para melhor.
Tijolaço
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