Partido presidido por Aécio Neves (PSDB-MG) pretende usar a polêmica em torno dos Correios para pedir ao Tribunal Superior Eleitoral a cassação dos registros da presidente Dilma Rousseff, que lidera a disputa presidencial, e do ex-ministro Fernando Pimentel, que está praticamente eleito governador de Minas; o partido alega que materiais de campanha de Aécio e do candidato tucano em Minas, Pimenta da Veiga, não teriam sido entregues pela instituição; em entrevista ao 247, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, afirmou que a acusação é descabida e fere a imagem conquistada pela instituição ao longo de mais de 350 anos de história; "todos os materiais contratados pelo PSDB, assim como por qualquer outro partido, foram e estão sendo entregues dentro dos prazos normais", disse ele; "o resto é factóide eleitoral"
2 de Outubro de 2014 às 11:51
Por Rodrigo Tolotti Umpieres
SÃO PAULO - A polêmica envolvendo os Correios pode ganhar ares de drama na reta final da campanha política. Na tarde de quarta-feira (1), o PSDB já havia informado que iria acionar a Justiça para pedir uma investigação rigorosa sobre a utílização da companhia para favorecer a campanha de Dilma Rousseff (PT). Agora foi a vez do candidato tucano, Aécio Neves, falar sobre o assunto.
Segundo a Revista Veja, o presidenciável do PSDB e o candidato ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, começaram a reunir provas para pedir a cassação dos registros de Dilma e do candidato petista ao governo de Minas, Fernando Pimentel.
Leia declaração do presidente dos Correios em Ao 247, Wagner rebate Aécio: "Factóide eleitoral"
De acordo com a publicação, os tucanos vão recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ao MPF (Ministério Público Federal) com um pedido de investigação judicial eleitoral para que elas apurem se os Correios boicotaram deliberadamente a campanha de Aécio em prol da atual presidente.
As denúncias são baseadas em depoimentos colhidos pelos tucanos em que eleitores dissetam não receber o material de campanha de Aécio Neves, mesmo após contratação do serviço no dia 25 de agosto. Ainda segundo a Veja, estava prevista a distribuição de 5.634.000 santinhos de Aécio no interior de Minas e que deveriam ser entregues até dia 10 de setembro.
Enquanto isso, durante um evento em Governador Valadares, Aécio falou sobre a polêmica. "Os Correios chegaram a cometer a imprudência de, em ofício, dizer: 'Se não chegou, vamos enviar novamente'. Como enviar novamente se não havia uma outra remessa para ser enviada? Acho que aí há o ato falho que aponta para o caminho de uma fraude. Se comprovada a fraude, é algo absolutamente grave", disse o candidato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A polêmica sobre os Correios aumentou nos últimos dias após o Estadão divulgar um vídeo onde o deputado estadual Durval Ângelo diz que a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff só chegou à liderança nas pesquisas porque "tem dedo forte dos petistas nos Correios".
Brasil 247
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