A revelação dos nomes de políticos e autoridades supostamente envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras só deverá ocorrer após uma decisão do ministro Teori Zavascki, relator do caso no Supremo Tribunal Federal; a expectativa é que os pedidos de investigação contra os suspeitos chegue ao STF até a noite desta terça (3); todos estarão inicialmente em segredo de Justiça, mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá o fim do segredo em todos os pedidos, e Zavascki analisará, caso a caso, se vai atender a essa recomendação; até 40 políticos poderão ser citados; há suspeita da participação de um governador
2 DE MARÇO DE 2015 ÀS 21:28
247 - A revelação dos nomes de políticos e autoridades supostamente envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras só deverá ocorrer após uma decisão do ministro Teori Zavascki, relator do caso no Supremo Tribunal Federal. A expectativa é que os pedidos de investigação contra os suspeitos chegue ao STF até a noite desta terça-feira (3). Todos estarão inicialmente em segredo de Justiça, o que impede acesso a qualquer de suas informações. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá o fim do segredo em todos os pedidos de investigação, e Teori Zavascki analisará, caso a caso, se vai atender a essa recomendação. A expectativa é que 40 políticos estejam envolvidos. Há suspeita da participação de um governador.
A análise deve começar após a apresentação, mas dificilmente será concluída ainda nesta terça. Só depois de decidir sobre todos os pedidos, haverá divulgação, em bloco, dos nomes dos políticos. A partir de uma divisão de delações premiadas já realizada pela PGR, supõe-se que cheguem a cerca de 40 os pedidos de abertura de inquérito ao STF, a mais alta instância do Judiciário e a única que pode julgar deputados, senadores e ministros do governo federal. Caso as expectativas se confirmem e Zavascki levante o sigilo dos inquéritos, será possível acompanhar os processos através do site do STF. As justificativas para os pedidos de investigação também poderão ser acessadas.
O sigilo só deve ser mantido em casos de diligências que podem ser frustradas caso sejam reveladas –como no caso de um eventual pedido de grampo telefônico, por exemplo. Com a entrega do material, Janot espera que o assédio que vem sofrendo de políticos seja dividido com Zavascki e o STF.
Quando Zavascki derrubar o sigilo dos pedidos de investigação, Janot e procuradores que fazem parte do grupo de trabalho da Lava Jato devem promover uma entrevista coletiva para debater as ações e explicar os rumos das investigações.
De acordo com pessoas próximas aos procuradores, Janot gostaria até mesmo que todo o conteúdo das delações tivessem seus sigilos levantados por Zavascki, o que não deve acontecer num primeiro momento.
Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário