Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade
Tombini: convergência da taxa para o centro da
meta é "factível"Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje (24) que, a partir de abril, a inflação será inferior às taxas mensais que vêm ocorrendo no primeiro trimestre. Em janeiro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 1,24%, e, em fevereiro, em 1,22%. Ele reiterou que a política monetária “está e continuará vigilante” e que é “factível” o objetivo de convergência da taxa para o centro da meta da equipe econômica, de 4,5%, a partir de 2016.
Tombini também repetiu que a inflação sofre pressão do ajuste dos preços internacionais, impactados pelo fortalecimento do dólar, e dos preços administrados, como os de energia e gasolina. O presidente do BC voltou a destacar que 2015 será um ano de “transição”. Quanto à atividade econômica, ele disse esperar expansão do setor agropecuário, crescimento modesto do setor de serviços e retração da indústria. Na avaliação de Tombini, a demanda das famílias e o crédito crescerão de forma “moderada”.
Segundo ele, em função do dólar mais forte, o setor externo contribuirá para a economia este ano. “Espera-se uma contribuição positiva do setor externo, com expansão do volume exportado e alguma contração das importações,” De acordo com Tombini, a balança comercial, que fechou 2014 deficitária, deve voltar a apresentar superávit.
O presidente do Banco Central também fez uma avaliação do cenário econômico internacional e de seus impactos para o Brasil. Para ele, a economia global continua em recuperação gradual. Tombini ressaltou que a recuperação dos Estados Unidos contribui para o fortalecimento do dólar. Outros países, como os da zona do euro, se recuperam de forma “desigual”. Ele disse ainda que a queda de preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional) têm impacto nas economias emergentes.
Alexandre Tombini deu as declarações em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, onde responde a perguntas de parlamentares.
Agência Brasil
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