domingo, 22 de março de 2015

EFEITO LAVA JATO: 30 OBRAS PARADAS EM TODO O PAÍS


Construções capitais para o desenvolvimento do país, como os trechos de transposição do Rio São Francisco, Ferrovia da Integração Oeste-Leste e Cinturão das Águas do Ceará, além de grandes projetos da Petrobras, caminham em ritmo lento por falta de crédito e redução da mão-de-obra; só no primeiro bimestre de 2015, foram fechadas mais de 35,5 mil vagas na construção civil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho; se contar desde setembro de 2014, quando as investigações da Lava Jato se intensificaram, número sobe para 241,5 mil; “O Brasil está parado. As obras não avançam”, afirma o presidente do Instituto de Engenharia, Camil Eid; na indústria naval, os estaleiros já demitiram cerca de 28 mil; o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, pretende multar as empresas, já combalidas, em R$ 4,5 bilhões 

22 DE MARÇO DE 2015 ÀS 10:24


247 – A operação Lava Jato, comandada pelo juiz Sérgio Moro, já afeta 30 grandes obras em todo o país. Segundo um levantamento feito pelo ‘Estado de S. Paulo’; construções capitais para o desenvolvimento do país, como os trechos de transposição do Rio São Francisco, Ferrovia da Integração Oeste-Leste e Cinturão das Águas do Ceará, além de grandes projetos da Petrobras, caminham em ritmo lento por falta de crédito e redução da mão-de-obra.

Só no primeiro bimestre de 2015, foram fechadas mais de 35,5 mil vagas na construção civil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho; se contar desde setembro de 2014, quando as investigações da Lava Jato se intensificaram, número sobe para 241,5 mil; “O Brasil está parado. As obras não avançam”, afirma o presidente do Instituto de Engenharia, Camil Eid.

Na indústria naval, o estrago também é grande. Desde o início do ano passado, os estaleiros já demitiram cerca de 28 mil trabalhadores. Incluindo o setor de máquinas e equipamentos, o número de desempregados já supera os 34 mil. 

A situação é agravada pelo endividamento da Sete Brasil, criada para fornecer 29 sondas para a Petrobras. Citada no esquema, ela acumula dívidas com estaleiros de mais de R$ 900 milhões, e aguarda desde o ano passado um financiamento de R$ 21 bilhões já acordado pelo BNDES. 

O cenario pode se complicar ainda mais porque o Ministério Público quer tornar essas empresas inidôneas, o que afastaria a possibilidade de novos contratos públicos. Além disso, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, pretende multar as empresas, já combalidas, em R$ 4,5 bilhões (leia aqui).



Brasil 247

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