sexta-feira, 20 de março de 2015

'SE CASO FURNAS É FRAUDE, POR QUE YOUSSEF RECEBEU?'


O deputado Rogério Correia (PT-MG) contesta a versão do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que, ao criticar o pedido de parlamentares petistas para que seja investigado na Lava Jato, afirmou que o caso Furnas é uma "fraude política"; "Se não havia um esquema de desvio de recursos em Furnas, o que o doleiro Alberto Youssef foi fazer em Bauru?", questiona Correia, aludindo à empresa Bauruense que teria sido subcontratada por Furnas para repassar valores a deputados; em seu depoimento, Youssef sugeriu que Aécio também se beneficiaria; "Se é uma fraude, por que Roberto Jefferson confessou ter recebido recursos?", indaga Correia; ele bateu ainda mais duro em Aécio: "Minas não aceita mais impunidade após um helicóptero de cocaína. Furnas precisa ser investigada"

20 DE MARÇO DE 2015 ÀS 10:27


Minas 247 - O deputado Rogério Correia (PT-MG) repudiou, com veemência, a nota divulgada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), em que ele define a chamada 'lista de Furnas' como uma "uma das mais conhecidas fraudes políticas do País" (leia aqui).

"Se é fraude, o que o doleiro Alberto Youssef foi fazer na empresa Bauruense, que pagava mesadas a parlamentares?", questiona Correia. "Se é fraude, por que o próprio Roberto Jefferson admitiu ter recebido recursos de Furnas?"

Em seu depoimento na Operação Lava Jato, Youssef afirmou que recolhia propinas na empresa Bauruense, subcontrada de Furnas, para o deputado já falecido José Janene (PP-PR). Disse ainda que, numa das viagens a Bauru, soube que a diretoria de Furnas, ocupada por Dimas Toledo, era de responsabilidade do então deputado Aécio Neves e sugeriu que o atual senador também se beneficiaria do esquema de propinas.

A delação de Youssef foi citada em documento do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que sugeriu o arquivamento do caso enquanto não surgirem novas provas. Segundo Janot, o caso ainda pode ser reaberto. Por isso mesmo, Correia, acompanhado de outros dois deputados, foi ontem a Brasília e pediu a reabertura do caso, apresentando novas supostas evidências (leia mais aqui) – Aécio, no entanto, se diz perseguido pelo deputado.

Rogério Correia, por sua vez, bateu ainda mais duro no senador. "Minas não aceita mais impunidade após um helicóptero de cocaína. Furnas precisa ser investigada", disse ele.

Em Minas, o clima é de guerra.


Brasil 247

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