22 de julho de 2015 | 14:40 Autor: Fernando Brito
Deu na Folha, agora há pouco, que o Conselho Nacional do Ministério Público aceitou a reclamação feita pelo ex-presidente Lula pedindo a apuração da conduta do procurador da República no Distrito Federal Valtan Timbó Mendes Furtado, que instaurou investigação criminal contra ele por suspeita de tráfico de influência em favor da Odebrecht.
A ecisão partiu do corregedor nacional do Ministério Público, Alessandro Assad, o mesmo que, poucos dias antes do Dr. Timbó ter tomado a frente de uma investigação que era de outra procuradora e aberto o inquérito, tinha aberto um processo administrativo disciplinar contra ele, por deixar de cumprir, por negligência, o prazo legal de nada menos que 245 inquéritos.
No caso de Lula, porém, embora ainda faltassem mais de dois meses para o prazo e havendo ainda esclarecimentos a receber, Timbó viu a bola quicando e se adonou do processo.
Espera-se que o MP trate o caso de maneira exemplar. A honra alheia não pode ser matéria prima para vedetismos e a manipulação das prerrogativas investigatórias da Procuradoria da República é o maior veneno que se pode usar contra a própria instituição e a democracia em geral.
Ninguém está imune a investigações, é verdade, mas não é menos verdade que investigação, como disse o próprio Procurador Geral Rodrigo Janot, se faz sobre fatos.
Como nenhum funcionário público, inclusive os procuradores, está dispensado dos deveres de impessoalidade, prudência e regularidade dos atos que pratica nesta condição.
Tijolaço
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