22 de julho de 2015 | 00:30 Autor: Fernando Brito
O deputado André Moura ( que não é Moura, mas Luís Dantas Ferreira) que, por ordem de Eduardo Cunha, lançou a estranha e pirotécnica ideia de fazer uma “acareação” entre a Presidenta Dilma Rousseff e o bandido Alberto Youssef não foi devidamente apresentado ao país pela imprensa.
Por isso, transcrevo trechos do release (fresquinho, do dia 23 passado)publicado pelo Supremo Tribunal Federal:
“A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, na sessão de hoje (23), denúncias do Ministério Público em três inquéritos contra o deputado federal André Luís Dantas Ferreira, conhecido como André Moura (PSC-SE), envolvendo crimes conexos – apropriação, desvio ou utilização de bens públicos do Município de Pirambu (SE) 9…)
Segundo as denúncias, após deixar a Prefeitura, Moura teria continuado a usufruir de bens e serviços custeados pela administração municipal, como gêneros alimentícios, telefones celulares, veículos da frota municipal e servidores que atuavam como motoristas. Em um dos inquéritos (3204), foi recebida também a denúncia pelo suposto crime de formação de quadrilha. Por se tratar de condutas interligadas, o relator dos processos, ministro Gilmar Mendes, propôs que os processos fossem julgados em conjunto. A decisão de receber as denúncias foi unânime.(…)
(O deputado) teria indicado a maior parte dos secretários municipais e mantido carros e celulares da Prefeitura à sua disposição, além de fazer compras em mercados pagas pelo erário, indicar vários funcionários fantasmas, entre eles sua esposa (Lara Adriana, também denunciada) e receber repasses mensais da Prefeitura entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, conforme a acusação.(…)Nas eleições de 2006, Moura foi candidato a deputado estadual e, durante a campanha, segundo relato de Juarez dos Santos, as exigências ilícitas se agravaram, quando Moura teria encomendado repasse de R$ 1 milhão entre abril e setembro.
Moura caiu na Lei da Fixa limpa, por já ter condenações de segunda instância e está no cargo porque obteve liminar do STF para concorrer.
Seria interessante fazer, isso sim, uma acareação entre o deputado e o prefeito que ele achacava, que o acusa até de ser o mandante de um atentado a tiros.
É um sujeito assim que quer dar (e dá, com a ajuda da mídia) lições de moral ao Brasil.
Tijolaço
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