Agência de classificação de risco Standard & Poor's decidiu manter o selo de "grau de investimento" para a economia brasileira, mas mudou a perspectiva de "estável" para "negativa"; S&P espera que o Brasil registre uma retração da economia da 2% neste ano, enquanto em 2016 não haverá crescimento; apenas em 2017 a agência projeta um crescimento modesto da economia; segundo a agência, as investigações dos casos de corrupção contra políticos e empresas de alto perfil - em ambos os setores público e privado, e em todos os partidos - levaram a uma alta da incerteza política no curto prazo
28 DE JULHO DE 2015 ÀS 13:55
Do Infomoney - A agência de classificação de rating Standard & Poor's decidiu cortar a perspectiva do rating do Brasil de "estável" para "negativa", apesar de manter a nota de crédito do País. A S&P espera que o Brasil registre uma retração da economia da 2% neste ano, enquanto em 2016 não haverá crescimento. Apenas em 2017 a agência projeta um crescimento modesto da economia.
Após a notícia, o Ibovespa já afunda 870 pontos - passando de 49.875 pontos para 49.004 às 13h40 (horário de Brasília). Já o dólar comercial aumentou os ganhos e disparava 1,55%, para R$ 3,4163 na venda no mesmo horário.
A S&P diz que as investigações em curso nos casos de corrupção contra políticos e empresas de alto perfil - em ambos os setores público e privado, e em todos os partidos - levaram a uma alta da incerteza política no curto prazo. A agência afirma que este cenário coloca um grande risco nas implementações de novas políticas, principalmente nas votações do Congresso.
Segundo a agência, desde que o rating do País foi reafirmado, em 23 de março, os riscos de um downside da nota soberana aumentaram. "O Brasil enfrenta circunstâncias políticas e econômicas desafiadoras, apesar do que nós consideramos ser uma correção política significativa durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff", afirmou a S&P em relatório.
A projeção da agência é de um para três de que o governo irá enfrentar novas "derrapagens dada a dinâmica política e que o retorno de uma trajetória de crescimento econômico mais firme vai demorar mais tempo do que o esperado". "Revisamos a perspectiva para negativa porque, apesar das mudanças políticas atualmente em curso, que têm o apoio da presidente, os riscos de execução subiram. Em nossa visão, esses riscos derivam de ambas as frentes políticas e econômicas", afirma a S&P.
Brasil 247
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