Na ideia de conter rebelião de aliados dentro do Congresso em meio às crises política e econômica, às vésperas do fim do recesso parlamentar, presidente faz política: libera cerca de R$ 1 bilhão em emendas parlamentares; distribuirá 200 cargos nos Estados nas próximas duas semanas; e agenda, para a próxima segunda-feira, um megajantar com líderes governistas e partidos aliados no Palácio da Alvorada; "A nossa esperança é que a base do governo se solidifique mais", comenta o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, que ajuda o vice-presidente da República, Michel Temer, no trabalho da articulação política do governo; em seus cálculos, apenas 160 dos 513 deputados votam hoje com uma taxa de 70% de fidelidade ao Planalto; a ideia é aumentar esse número para algo próximo de 257
30 DE JULHO DE 2015 ÀS 12:20
247 – Em busca de um melhor relacionamento com a base no Congresso Nacional neste início de segundo semestre legislativo, a presidente Dilma Rousseff reage e coloca em prática uma estratégia que não pode ser definida de outra forma senão fazer política.
Dilma autorizou a liberação de cerca de R$ 1 bilhão referente a restos a pagar de emendas parlamentares de 2014 e anos anteriores. "Não tem nenhum milagre. O que tem, pura e simplesmente, é que o governo está cumprindo a Lei Orçamentária. A nossa esperança é que a base do governo se solidifique mais", disse o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, do Uol.
Apesar da pasta, Padilha despacha diariamente no gabinete da Secretaria de Relações Institucionais do Planalto, ajudando o vice-presidente da República, Michel Temer, no trabalho da articulação política do governo federal.
A presidente também decidiu concluir a distribuição de 200 cargos nos Estados nas próximas duas semanas. Está com Padilha a missão de sistematizar o formato de redistribuição das vagas do terceiro escalão, que precisam ser preenchidos em oito unidades federativas. No segundo escalão, segundo ele, há menos de dez cargos a serem preenchidos.
"Quem está no governo e vota [no Congresso], quer sentir-se no governo lá no seu Estado – tendo cargo de influência", explica o ministro.
O Planalto agendou ainda, para a próxima segunda-feira 3, um megajantar para líderes governistas e partidos aliados no Palácio da Alvorada. Dilma espera para as 20h um número de convidados que pode chegar a 80. A intenção é mostrar disposição para ouvir. Nesse sentido, Dilma fez um discurso nessa semana, durante o lançamento do programa Dialoga Brasil.
De acordo com os cálculos de Padilha, hoje, apenas 160 dos 513 deputados votam com uma taxa de 70% de fidelidade ao Palácio do Planalto. A ideia, conforme disse na entrevista, é aumentar esse número para algo próximo de 257 – a metade mais um dos votos na Câmara.
Brasil 247
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