O ex-presidente Lula afirmou nesta quarta (18) que acha "grave" que o mesmo critério adotado com ele não seja adotado com os outros, no que diz respeito às investigações da operação Lava Jato; já sobre a Operação Zelotes, que investiga seu filho, Luís Cláudio, o ex-presidente afirmou que caberá a ele provar que é inocente, "porque está sob a mesma Constituição" que os demais brasileiros; Lula, no entanto, disse que não se pode aceitar o "disse me disse" e o vazamento seletivo de informações; questionado sobre ser novamente candidato em 2018, ele afirmou que espera que "o Brasil evolua tanto que eu não precise voltar"; declarações do petista foram dadas em entrevista ao jornalista Roberto Dávila
18 DE NOVEMBRO DE 2015 ÀS 20:29
247 - O ex-presidente Lula afirmou nesta quarta-feira (18) que acha "grave" que o mesmo critério adotado com ele não seja adotado com os outros, no que diz respeito às investigações da operação Lava Jato. Sobre a Operação Zelotes, que investiga seu filho, Luís Cláudio, o ex-presidente afirmou que caberá a ele provar que é inocente, "porque está sob a mesma Constituição" que os demais brasileiros. Lula, no entanto, disse que não se pode aceitar o "disse me disse" e o vazamento seletivo de informações. As declarações do petista foram dadas em entrevista ao jornalista Roberto Dávila, no programa que ele comanda na Globo News.
"No meu governo, começou a se investigar tudo. Acho que as investigações estão fazendo com que a população sonhe que este país será mais sério. Este país está preparado para isso, doa a quem doer. Agora acho grave o vazamento seletivo de informações. Mesmo assim, avalio que o resultado final de tudo isso será benéfico para o Brasil. todos os 204 milhões de brasileiros terão que cumprir a lei, fazer as coisas corretamente", afirmou.
Questionado sobre ser novamente candidato em 2018, o ex-presidente disse que espera que "o Brasil evolua tanto que eu não precise voltar". "Só volto se alguém tiver um projeto de governança que coloque em risco tudo que fizemos nestes últimos anos", ressaltou.
Ele disse encarar com naturalidade que queiram tirar o PT do poder. "Quando a Dilma terminar o mandato dela, o PT terá governado o país por 16 anos, então é normal que as pessoas queiram tirar o PT, como também é normal que o PT queira ficar", afirmou.
O ex-presidente também falou sobre as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo federal para reajustar as contas públicas. Para Lula, a presidente Dilma "está certa" ao propor o ajuste. Ele, porém, criticou o fato de o Congresso ainda não ter aprovado o pacote.
"A Dilma está certa em fazer o ajuste. O que está errado é que está demorando demais. E não é culpa dela. Nós temos uma crise política muito séria, há uma confrontação de um ano entre Legislativo com o Executivo", disse Lula.
"Eu acho que tem uma crise política. Me parece que com a Câmara, o Cunha tem um poder muito grande. Os líderes partidários não têm a força que parecem ter. Os presidentes não mandam mais nos partidos, os líderes também não", afirmou ao tentar justificar os motivos de os parlamentares ainda não terem votado o ajuste.
Lula voltou a dizer que o governo Dilma cometeu erros. Entre eles, segundo o ex-presidente, está o fato de a presidente ter dito que não tomaria medidas durante a campanha eleitoral e, após detectar a crise econômica, ter adotado tais medidas.
"Nós cometemos erros. Ela [Dilma] percebeu que estava saindo mais água da caixa do que entrando. Daí a contradição do discurso da campanha com o que ela está fazendo. Mas ela teve o compromisso de manter o ajuste", defendeu.
Na entrevista, Lula negou que tenha pedido a saída de Joaquim Levy da Fazenda (aqui).
Brasil 24/7
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