quinta-feira, 19 de novembro de 2015


Índice Bovespa subia 1,28% às 10h10, animado com a manutenção pelo Congresso dos vetos da presidente Dilma Rousseff às pautas-bomba, e com as indicações da autoridade monetária dos EUA de que a alta dos juros ocorrerá em dezembro, mas de forma gradual; Vale e Petrobras sobem cerca de 3% e 2% respectivamente, ajudando a impulsionar o índice; já o dólar comercial cai 0,958%, a R$ 3,7537 na venda

19 DE NOVEMBRO DE 2015 ÀS 11:49


Do Infomoney - O Ibovespa registra ganhos nesta quinta-feira (19), seguindo as bolsas internacionais principalmente após a ata do Fomc (Federal Open Market Committee); contudo, o mercado segue atento ao desenrolar das tensões mundiais com o combate ao terror após os atentados da última sexta-feira na França.

Enquanto a maior parte das bolsasinternacionais sobem mais de 1%, às 10h10 (horário de Brasília) o Ibovespa subia 1,28%, a 48.044 pontos, às 47.709 pontos, com as indicações da autoridade monetária dos EUA de que a alta dos juros ocorrerá em dezembro, mas que a alta será gradual. Vale e Petrobras sobem cerca de 3% e 2% respectivamente, ajudando a impulsionar o índice. Enquanto isso, o dólar comercial cai 0,958%, a R$ 3,7537 na venda.

Destaque ainda para a agenda econômica nacional; enquanto os dados de desemprego mostrados pela PME ficaram acima do esperado, em 7,9% em outubro ante 7,6% em setembro, o IPCA-15 ficou em 0,85% em dezembro, em linha com o esperado por analistas, segundo a Bloomberg. No acumulado de 12 meses, a inflação superou dois dígitos pela primeira vez desde 2003, para 10,28%, enquanto a taxa de desocupação foi a mais alta para um mês de outubro desde 2007 (8,7%).

Porém, o ânimo se mantém com a manutenção dos vetos às pautas-bomba no Congresso. Vale destacar ainda que presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou na noite de quarta-feira que os parlamentares fecharam acordo para votar na próxima semana a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 e o projeto com a nova meta fiscal que autoriza o governo a fechar o ano de 2015 com déficit primário de até 119,9 bilhões de reais.

Nesta quarta, o governo ainda enviou um adendo ao projeto de Lei Orçamentária de 2016 prevendo a volta da CPMF, considerada imprescindível para o cumprimento da meta fiscal, assumindo maior protagonismo na tentativa da recriação da polêmica contribuição sobre movimentação financeira após ter tentado, sem sucesso, delegar a tarefa ao Legislativo.

A mudança no texto considera o ingresso de cerca de 32 bilhões de reais com a CPMF no ano que vem, ao mesmo tempo em que diminui a estimativa com arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em cerca de 8,2 bilhões de reais, segundo duas fontes a par do assunto ouvidas pela Reuters.

Destaques corporativos

Em destaque, a Ambev (ABEV3, R$ 19,40, +1,20%) teve sua recomendação cortada pelo Santander de compra para manutenção. E, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) maior de cerveja e cigarro em São Paulo passa a valer a partir de 1° de janeiro de 2016. Ontem, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou o projeto de lei encaminhado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) que aumenta o ICMS de 18% para 20% no caso de cerveja, enquanto cigarro e outros produtos de fumo eleva a tributação em cinco pontos percentuais, chegando a 30%.

Sobre a Petrobras (PETR3; PETR4), a greve na companhia, que caminha para completar três semanas na quinta-feira, levanta preocupações no mercado, mas a meta anual de produção da companhia não deverá ficar comprometida se a paralisação for encerrada em breve, ainda que a extração de petróleo tenha sido decepcionante em outubro. A paralisação dos petroleiros, que já não tem tanta adesão quanto no início, não afetaria de forma importante a meta de produção de petróleo no Brasil estabelecida para 2015, se a greve terminar antes do fim deste mês, afirmou o Credit Suisse em nota a clientes.

A produção da petroleira no Brasil em outubro, que não foi afetada pela greve, foi de 2,10 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), uma queda na comparação anual, informou na terça-feira a Petrobras. Esse volume deixou a média dos primeiros dez meses do ano em 2,128 milhões de bpd. A meta do ano é de 2,125 milhões de bpd no país.


Brasil 24/7

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